Quando ele vai ficar sentado, vair engatinhar ou
falar? Elaboramos um guia com as principais mudanças de cada fase do
desenvolvimento da criança nos seus primeiros meses.
É natural que os pais tenham muitas dúvidas sobre o comportamento e o
desenvolvimento de seus bebês e, por causa disso, a consulta ao pediatra
costuma ser um momento bastante esperado.
O desenvolvimento motor e de linguagem dos pequenos segue margens de
normalidade esperadas a cada fase. Isto é, podem variar de criança para
criança, mas existe um tempo máximo para cada situação ocorrer. “Quando
os pais notarem algum tipo de estagnação, precisam conversar
imediatamente com o pediatra, pois são sinais a investigar. É como se um
alerta acendesse e é preciso analisar caso a caso”, explica Durval
Daniel Filho, pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein, de São
Paulo.
Qualquer desvio da normalidade, ou atraso no desenvolvimento,
responderá melhor à reabilitação quanto mais jovem for a criança. Contam
pontos na hora de otimizar o cérebro infantil brincar, conversar
bastante e estimular por meio de carinhos, dar beijos, mostrar figuras,
fazer massagens na hora do banho e demais coisas que armazenam na
memória o amor dos pais.
Veja a seguir o que seu filho deve estar apto a fazer a cada fase do seu desenvolvimento.
É
comum no primeiro mês o bebê acompanhar ruídos e objetos com os olhos.
Ele também fixa o olhar no olhar do outro. É “durinho”, com a chamada
hipertonia fisiológica. Ao colocarmos um objeto em suas mãos, ele as
fecha rapidamente, por reflexo.
O
bebê ainda tem o corpo duro e se movimenta em blocos. Também começa a
sustentar a cabeça e aparecem os primeiros sorrisos para o cuidador, em
resposta ao seu estímulo afetivo.
O pequeno sustenta a cabeça voluntariamente e tenta alcançar
objetos à frente. Ao passear, é importante deixá-lo numa posição em que
seus olhos possam explorar as pessoas, os objetos e a paisagem. Nessa
idade, os bebês estão amadurencendo as vias visuais.
Caso o bebê ainda tenha dificuldades para firmar o pescoço sob o
tronco, os pais precisam comunicar o pediatra, sem alarmismo. Para
ajudar a estimular o pequeno, eles podem mostrar objetos coloridos, de
diferentes formas, conversar perto e de ambos os lados para que ele vire
a cabeça em busca do som. Tem início nesse período a chamada fase oral
e, por causa disso, ele começa a levar objetos à boca. Ele também usa o
corpo todo para se comunicar e respeita o tempo da fala do interlocutor.
O bebê começa a ficar sentado com apoio, que pode ser uma
almofada, por exemplo. Os pais devem colocá-lo nessa posição por alguns
minutos para fortalecer a coluna vertebral. No entanto, tempo demais
pode sobrecarregá-lo. Algumas crianças podem começar a rolar pelo chão.
Dessa etapa até o nono mês, é fundamental verificar se há um bom
contato ocular: alguém olha e ele corresponde. Um sinal precoce de
transtorno do desenvolvimento social e da comunicação é a falta desse
contato de maneira consistente. Vale lembrar que alguém pode olhá-lo e
ele corresponder desviando. Mas essa, muitas vezes, é uma atitude normal
de timidez. No sexto mês, é ideal também que ele fique bem sentado com
apoio e comece a experimentar isso sem auxílio. Levar o pé à boca é um
gracioso comportamente dessa fase .
Aos
7 meses, o pequeno vocaliza vários sons indiscriminadamente e reconhece
o tom de aprovação ou de desaprovação, quando um adulto fala com ele.
Sua musculatura fortalecida permite que ele vire de bruços sozinho e se
apoie nos antebraços para observar o ambiente.
No
oitavo mês, de um jeito ou de outro, o bebê vai atrás dos objetos que
despertam sua atenção e, quando os alcança, experimenta virá-los,
sacudi-los, apertá-los, batê-los. É um curioso profissional! Para
completar, descobre os prazeres da música e mexe o corpinho dançando
para acompanhar os ritmos.
Os pais podem esperar até o nono mês para que o bebê fique sentado
sem apoio. Caso isso não aconteça, informe o pediatra. Nessa fase, é
comum ele se jogar para a frente e, até o décimo mês, engatinhar. São
poucos os que pulam essa etapa e aprendem a andar direto. No décimo mês,
batem palminhas também.
Surgem
os primeiros sinais de que os músculos estão firmes o suficiente para
ele ficar em pé e aprender a caminhar. Não se trata de exagerar nos
cuidados, mas de encorajar a criança com segurança. A interação com o
bebê dará a você a medida certa de como agir em cada situação.
Nesta
fase, o bebê começa a balbuciar. Com mais algum tempo e um pouco de
estímulo, o pequeno tagarela logo começa a disparar palavras completas,
como mamãe e papai.
Ao longo do primeiro ano, eles aprendem – cada um no seu tempo – a
marchar sem apoio. Até por volta dos 15 meses, espera-se que falem
dissílabos, como “mamã água” e “nenê colo”.
O pequeno nessa fase apresenta a fala comunicativa e não só o
que o cuidador consegue entender e interpretar. Após os 24 meses, se não
houver fala, deve-se investigar o motivo do atraso. Aos 2 anos, eles
também não são muito altruistas e compartilham pouco. Entre 18 e 30
meses, adoram brincar de faz de conta, como dar banho em boneca e servir
café para as “visitas”. Os meninos brincam de transportar e estacionar
com caminhãozinho e carrinhos.
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