terça-feira, 28 de agosto de 2012

Como tirar o bebê da cama dos pais

Acredite: deixar o pequeno sozinho no berço, na hora de dormir, é a melhor alternativa para a segurança e para a qualidade do sono dele, por mais difícil que isso pareça! Aprenda a habituá-lo ao próprio espaço sem grandes traumas.
 
Tirar o bebê da cama dos pais
Colocar o bebê para dormir na cama dos pais é errado. Pediatras, psicopedagogos e até a Academia Norte-Americana de Pediatria (AAP) são categóricos neste sentido: é perigoso para a criança. Mesmo assim, pais daqui e de lá continuam colocando o pequeno para dormir na cama com os adultos, seja por preguiça de ensinar, seja pelo cansaço ao final do dia ou simplesmente pela praticidade.
 
Se você faz parte deste time, mas agora resolveu que é hora de o pequeno ir para o próprio quarto, saiba que tem uma batalha e tanto pela frente. Conversamos com especialistas para saber qual a melhor maneira de tirar o bebê da cama dos pais e por que, afinal, é tão arriscado dormir junto com o pequeno.
 
1) Quais os riscos para o bebê ao dividir a cama com os pais?
“Diante do cansaço do dia a dia, o adulto pode movimentar braços e pernas involuntariamente, machucando o bebê. Além disso, pode rolar por cima do pequeno ou empurrá-lo. Sem falar do perigo de cordões nos pijamas e bijuterias, com os quais a criança pode se machucar ou até engolir”, explica a psicopedagoga Larissa Fonseca, de São Paulo. Para o pediatra Marcelo Reibscheid, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo, os pais devem ter em mente que, “ao cair em sono profundo, ninguém tem controle total sobre os movimentos do corpo e, por isso, dormir com o bebê significa colocar a criança em risco”.
 
2) Alguns pais permitem que o bebê durma na cama com eles porque já passam o dia inteiro longe da criança. Está certo agir assim?
“Dividir momentos bem juntinhos na cama pode ser, sim, um modo de se conectar mais ao bebê, principalmente após um dia longo de separação. No entanto, use esse tempo para conversar, ler, cantar, ouvir música, massagear, olhar, assistir algo e interagir com o bebê. E, na hora de dormir, é cada um na sua cama!”, orienta Larissa.
 
3) Bebês que dividem a cama com os pais serão crianças menos independentes?
A psicopedagoga Larissa Fonseca acredita que sim. “Dividir a cama com os pais pode causar alguns danos ao desenvolvimento emocional dos pequenos ao limitar a autonomia do bebê e aumentar sua dependência”. Mas, o pediatra Marcelo Reibscheid defende que essa dependência só se refere à hora de deitar na cama, sem influenciar nas demais decisões do pequeno. “Estas crianças poderão ficar muito dependentes de mãe ou pai na hora de dormir, o que dificultará saídas para passar a noite na casa dos avós e amigos”, exemplifica Reibscheid.
 
4) Quais são os prejuízos para o relacionamento do casal levando o bebê para a cama deles?
“É muito importante lembrar que, mesmo com a chegada do bebê, os pais ainda são um casal que deve manter sua intimidade e momentos a sós. Ter um bebê na cama, além de limitar as possibilidades de intimidades do casal, também pode prejudicar o descanso dos pais e diminuir as demonstrações de carinho - o que pode acabar afastando o casal. Dormir com os pais deve ser uma exceção e não uma regra, tanto pela saúde do casal quanto pela saúde e descanso do pai, da mãe e do próprio bebê”, ensina Larissa.
 
5) Qual a melhor forma de tirar o bebê da cama dos pais e acostumá-lo a dormir no berço?
Em primeiro lugar, os pais devem estar decididos de que o bebê passará a dormir no berço para que, nos períodos de exaustão, nenhum dos dois queira voltar atrás. “Inicie o processo gradualmente, montando um quarto aconchegante, levando o bebê para o berço e criando um ritual, como contar uma história ou cantarolar algumas canções de ninar, sentado em uma cadeira ao lado do berço. Fique lá até a criança adormecer”, ensina Larissa. “Com o passar dos dias, comece a se afastar do berço e diminuir o toque, até que o bebê esteja pronto e condicionado a ir para o berço ainda acordado e sem esta dependência da presença ou contato físico”, concorda Reibscheid. Por fim, providencie um objeto de transição, como fralda, paninho ou bicho de pelúcia. “Se a criança não estiver acostumada a dormir no escuro, deixe também alguma luz fraca acesa, por perto, ou até mesmo aquelas de tomada. Depois, basta ter paciência e persistência que o pequeno logo se acostuma”, finaliza Larissa.


Fonte: bebe.com

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