segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Como é feito o trabalho de socorro em um acidente?



 Um atendimento rápido e eficiente pode salvar muitas vidas. Entenda a função dos socorristas nessas horas.

1 - O telefonema Antes de qualquer coisa, é preciso ligar para o serviço de emergência mais adequado: Samu ou bombeiros. Mas isso, atenção, só é indicado para casos de risco de morte. Em ocorrências mais simples — uma perna quebrada —, até a polícia pode ser chamada. A unidade mais próxima vai destacar o veículo apropriado para a situação.

Polícia 190
SAMU 192
Bombeiro 193

Pelo celular Transmita à central o maior número de informações objetivas: local, número de acidentados e gravidade. Aguardar na linha é imprescindível, porque um médico pode orientar os primeiros cuidados enquanto a equipe não chega.

2 - Deixe estar Nas emergências graves, o ideal é que a ambulância esteja na cena do acidente em até dez minutos. Nesse meio-tempo, mantenha a calma e tente transmitir aos feridos tranquilidade. Nunca se deve mexer nas vítimas: qualquer movimento sem a orientação de um especialista pode resultar em lesões ainda mais severas, como rompimento da medula.

3 - Pequeno hospital O carro de socorro é equipado com materiais que possibilitam o rápido resgate. A equipe básica, para situações menos graves, é formada por um socorrista e um auxiliar de enfermagem. O time avançado vai contar com um médico e dois enfermeiros e tem carta branca para realizar pequenos procedimentos invasivos no percurso.

4 - Roteiro dos perigos Logo de cara, os socorristas fazem uma rápida averiguação do cenário e das ações a serem tomadas. A primeira coisa é checar se algum objeto está impedindo a entrada de oxigênio. É muito comum encontrar chicletes e dentaduras, que obstruem a passagem de ar nas vias aéreas. Retirado o eventual corpo estranho, é hora de conferir se a respiração está ok. Caso os acidentados estejam perdendo sangue, os médicos estancam a hemorragia. Quanto mais líquido vermelho desperdiçado, maior é o risco de morte. Por último, eles examinam a situação neurológica das vítimas.

5 - Caminho do salvamento Quando as condições primárias dos indivíduos estão estabilizadas — respiração, circulação e sistema nervoso —, eles são levados ao hospital. Nos acidentes de trânsito, geralmente coloca-se um colar cervical para evitar o agravamento de eventuais problemas no pescoço. a maca ajuda a carregar os acidentados e possibilita uma posição mais segura.

6 - Para onde levar? A central define para qual hospital os envolvidos serão encaminhados. Os critérios para a escolha são claros. Primeiro, avalia-se se o centro médico tem os experts e equipamentos adequados ao problema. Segundo, a proximidade. E, por último, a disponibilidade de vagas. No caminho, os enfermeiros continuam o atendimento, fazendo uma análise minuciosa sobre o estado dos pacientes.

O tempo que vale ouro Estudos realizados ao redor do globo comprovaram a importância de cada minuto ganho em casos de acidente. Daí, surgiu o termo golden hour — hora dourada —, cunhado pelo médico americano R. Adams Cowley (1917-1991). Se as vítimas recebem o pronto atendimento e são levadas a um hospital em até uma hora, as chances de sobreviver e escapar de sequelas são infinitamente maiores.



Fonte: Revista saúde, editora abril 

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