quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

HIPERTENSÃO (PRESSÃO ALTA)

Pressão arterial é a medida da força exercida pelo sangue na parede das artérias. A hipertensão, ou pressão alta, ocorre quando a força exercida pelo sangue na parede das artérias se eleva acima do normal. Isso acontece porque os vasos nos quais o sangue circula se contraem e fazem com que aumente a resistência à circulação para que o sangue continue a circular nos órgãos.
__Consideram-se hipertensas as pessoas que apresentam a pressão arterial, medida várias vezes no consultório médico, igual ou maior a 140/90 mmHg (14 por 9). De maneira geral, quanto menor for à pressão arterial, menos será o desgaste das artérias. Dessa forma, considera-se uma pressão arterial ótima níveis inferiores a 120/80 mmHg (12/8).
__A pressão alta é uma doença muito comum, que acomete um em cada quatro adultos. Entre os idosos, ela chega atacar um em cada duas pessoas. As Crianças também podem ter pressão alta. A Hipertensão, acometendo homens e mulheres de todas as raças, idosos e crianças, gordos e magros, pessoas calmas e tensas, esportistas e sedentários, fumantes e não-fumantes.
A pressão alta não costuma dar sintomas.

O QUE PODE ACONTECER????

- O coração, por exemplo, é forçado a trabalhar mais, causando aumento da massa muscular cardíaca e, posteriormente, dilatação do mesmo. Levando a uma doença chamada insuficiência cardíaca.
- Nas artérias, a pressão arterial alta danifica a parede, acelerando a formação de depósitos de gordura, provocando estreitamento da luz da artéria. Onde o paciente tem maior probabilidade de ter angina e/ou infarto agudo do miocárdio.
-Podem ocorrer doenças secundárias como derrame cerebral e insuficiência renal.
A única maneira de se diagnosticar a doença é através da medição da pressão arterial.

ALTAATENÇÃO!!!!!!!!

Existe componente hereditário, isto é, quem tem o pai, a mãe ou ambos com pressão alta tem maior chance de adquirir a doença. Essa herança associada a hábitos de vida inadequados (obesidade, ingestão excessiva de sal de cozinha ou bebida alcoólica e o sedentarismo) pode levar ao aparecimento da pressão alta, principalmente entre os 30 e 50 anos de idade.


(Referência: INCOR – Instituto do Coração)    

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Minha Gravidez Semana a Semana

                                          Semana 17 - Sentir o bebê mexer

17 semanas de gravidez

Seu bebê
Ele cresce rápido e se movimenta mais. Tem apenas 12 cm, mas seus bracinhos e suas pernas já estão suficientemente longos para se mexer com agilidade. Isso não é motivo para preocupação. O cinto de segurança do bebê está firme. O cordão umbilical, que o mantém ligado à placenta, ficou mais resistente e fino. O corpo do seu pequeno ganha, agora, mais tecido adiposo, células gordurosas que vão ajudar a manter a temperatura dele equilibrada. A pele parece menos transparente. No entanto, os vasos sanguíneos ainda são visíveis.

Sua gravidez
Uma semana emocionante! Muitas mães relatam que começaram a sentir o bebê a se mexer justamente na 17ª semana. A sensação é como se "bolhas de gás" delicadamente estourassem dentro da barriga. Os toques e os movimentos da criança são bem delicados, mas estimulantes o suficiente para que você coloque as mãos na barriga, mesmo inconscientemente. Logo os chutes se tornarão inconfundíveis. Para que ele continue com essa energia toda, não deixe de manter hábitos saudáveis: tente dormir bem e continue a incluir vários nutrientes em seu cardápio diário. Evite cigarro e álcool e controle o consumo de café.
 
O segundo trimestre também é ideal para cuidar dos dentes e ir ao dentista para saber como se prevenir de qualquer problema dentário. Então, arranje um tempinho na sua agenda. E a ginástica? Em que pé está? Nenhum? A gravidez pode servir como um bom incentivo para cuidar mais do corpo e fazer atividades físicas. Se isso aconteceu com você, invista nelas, mas não sem antes se informar sobre as modalidades mais recomendadas para as gestantes. Hidroginástica, Ioga e Pilates estão na lista.

Para mamães

O futuro bebê tem apenas 12 cm, mas ele já se mexe com agilidade. Muitas mães começam a sentir o bebê justamente nesta fase. A princípio, os toques são delicados, mas logo serão inconfundíveis.

Fonte: bebe.com

Poliomielite: o que é e qual a diferença entre as vacinas

A pólio está controlada no Brasil graças a um eficiente sistema de imunização. Saiba como ele funciona.

Há 23 anos, uma doença altamente perigosa dava os seus suspiros derradeiros no Brasil. Detectada por aqui pela última vez em 1989, a poliomielite, também chamada de paralisia infantil, tornou-se um problema controlado em todo o território verde e amarelo graças a um extensivo programa de vacinação promovido pelo Ministério da Saúde. Mas isso não significa que a pólio seja um perigo do passado no restante do mundo.

A meta da Organização Mundial da Saúde era erradicar a enfermidade em todos os continentes até o ano 2000. Apesar dos esforços contínuos, o objetivo não foi superado. Em locais como a Nigéria, o Paquistão e o Afeganistão, ela ainda dá as caras — e volta a ser uma ameaça em outros países, como o Chade, a Angola e a República Democrática do Congo. É claro que os esforços não foram em vão: segundo dados da própria OMS, quando o Programa Mundial de Combate à Poliomielite começou em 1988, o planeta abrigava 350 mil infectados. Em 2005, esse número tinha caído para 2 mil pessoas.


Apesar de popularmente conhecida como paralisia infantil, a doença atinge tanto crianças quanto adultos. Ela é mais frequente nos pequenos justamente porque o contágio acontece por meio do contato direto com fezes infectadas ou por secreções expelidas pela cavidade oral - e a criançada vive com a mão na boca. "Depois de ingerido, o vírus se multiplica no trato gastrointestinal e cai na corrente sanguínea. O excesso é eliminado pelas fezes e vai contaminar outras pessoas", conta a pediatra Lily Yin Weckx, coordenadora do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais, da Universidade Federal de São Paulo. O que fica no organismo viaja até o cérebro, mata alguns neurônios e destrói diversas ligações do sistema nervoso.


"Em quase 95% dos casos, não há sintomas quando esses estragos começam a acontecer. Em 1% dos afetados, as manifestações são iguais a outras infecções corriqueiras, como febre e dor de cabeça", explica a pediatra Marion Burger, pesquisadora do Instituto Pelé Pequeno Príncipe, em Curitiba, no Paraná. Outras pessoas - uma fração mínima entre os contaminados - apresentam a paralisia logo de cara. Mas fique claro: todas as vítimas, com ou sem sintomas, acabam com algum grau de paralisia."Ela é muito mais frequente nos membros inferiores", completa Marion. O ataque aos neurônios pode, inclusive, impedir os movimentos dos músculos da respiração e, lógico, isso causa uma morte rápida e extremamente cruel.


Formas de imunização
São dois os tipos de vacina capazes de evitar a poliomielite. No caso da Sabin -- , aqui no Brasil incitada em campanha pela personagem Zé Gotinha desde 1986 -, o póliovírus vivo, nome do agente causador da doença, é atenuado para que não tenha capacidade de danificar os neurônios . Depois de ingeridas, as famosas gotas, carregadas desses vírus enfraquecidos, estimulam a produção de anticorpos pelo sistema de defesa. Ou seja, o organismo aprende a reconhecer o inimigo, se ele aparecer pra valer.


O interessante da Sabin, como o excesso do vírus atenuado é eliminado pelas fezes, é o seguinte: a criança que, eventualmente, tiver contato , vamos imaginar, com o amiguinho que não lavou as mãos direito ou mora em locais com água contaminada pelo esgoto, acaba protegida por tabela. "O sucesso da eliminação da doença no Brasil é também fruto desse processo", analisa Lily Yin Weckx, da Universidade Federal de São Paulo.


A vacina Salk, por sua vez, utiliza vírus mortos e é injetada. Ela é especialmente indicada para pessoas com imunidade baixa ou que convivem com indivíduos que estejam com o sistema de defesa abalado. "A Salk é absolutamente segura por utilizar vírus inativos em sua composição", pondera Marion Burger, do Instituto Pelé Pequeno Príncipe, em Curitiba, no Paraná. Apesar do processo de produção de anticorpos ser equivalente ao da Sabin, essa vacina não é tão válida quando se pensa em varrer a doença do mapa, na opinião de alguns especialistas. "Isso porque os vírus mortos não são eliminados pelas fezes", complementa a pediatra. Ou seja, não existe aquela contaminação paralela, por assim dizer, que acaba imunizando quem não tomou a vacina.


Desde 2012, o Ministério da Saúde exige que o protocolo de vacinas contra a poliomielite utilize ambas as versões para a imunização, em vez de só a Sabin como no passado. As duas primeiras doses, injetadas aos 2 e aos 4 meses, são da vacina Salk. As próximas, aos 6 meses, aos 15 meses e, mais uma dose de reforço entre os 4 e os 6 anos, são dadas via oral - ou seja, aí a criança toma a Sabin. Segundo Lily Yin Weckx, da Universidade Federal de São Paulo, a combinação das duas vacinas potencializa a precaução.


Apesar de a paralisia infantil estar erradicada em nosso país, é essencial ficar atento às campanhas de imunização. "É muito importante estar com a carteira de vacinação em dia e, caso você viaje para outro país que ainda sofre com a pólio, reforce a dose da vacina, sem importar com a idade", conclui o pediatra Eitan Berezin, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.


 

Albert Sabin, à esqueda, e Jonas Salk, à direita

Responsáveis pelo desenvolvimento das vacinas que impedem a manifestação do vírus da poliomielite, os cientistas americanos Albert Sabin (1906 - 1993) e Jonas Salk (1914 - 1995) trabalharam com métodos diferentes.

 

Albert Sabin

O primeiro apostou no uso do vírus vivo, porém atenuado, que estimularia a produção de anticorpos capazes de imunizar o organismo contra a doença.

 

Jonas Salk

O segundo, por sua vez, optou por administrar vírus mortos e injetados. Os dois pesquisadores receberam apoio da Fundação Nacional para a Paralisia Infantil, nos Estados Unidos. Quando achou que estava próximo da fórmula que poderia eliminar a pólio, Salk vacinou 1,8 milhão de crianças, comprovando o sucesso de seu estudo. 

 
Mais tarde, Sabin também atestou a eficácia de seu método de imunização oral ao usá-lo em milhões de crianças do leste europeu. A versão de Salk chegou ao Brasil na década de 1950. E só cerca de dez anos depois, o achado de Sabin desembarcou por aqui.

Fonte: Revista saúde

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O formato do mamilo pode dificultar a amamentação

tipo amamentacao abre2Descubra qual o tipo do seu e aprenda a corrigir eventuais problemas para garantir um aleitamento tranquilo.

Invertido, plano, normal e alongado ou comprido. Estes são os quatro tipos de mamilo existentes. Saber qual deles é o seu é importante, porque há o risco de alguns formatos prejudicarem a amamentação.

Os que tendem a provocar mais empecilhos são o plano e o invertido. “Quando o bebê vai iniciar a mamada, ele utiliza a língua para pressionar o mamilo contra o palato, fazendo o leite escorrer. Bicos planos ou invertidos não são suficientemente salientes e, por isso, o pequeno não consegue alcançar o mamilo para realizar a pressão”, explica a consultora em amamentação e doula, Livia Teixeira, fundadora do Consultório de Aleitamento Materno (CALMA).

Os mamilos alongados, mais raros, também podem promover complicações durante as mamadas. “Há casos em que o bebê, especialmente se for pequeno, apresenta reflexo de vômito ao fazer a pega, ou abocanha só o mamilo, o que favorece a formação de fissuras”, conta a pediatra Maria Beatriz Reinert do Nascimento, membro do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria. Já os mamilos normais são o tipo ideal para a amamentação.

Qual o meu?
Veja algumas dicas para reconhecer qual é o formato do seu mamilo.


Normal
É o tipo mais comum entre as mulheres. “Trata-se do mamilo que se exterioriza pelo menos um centímetro em relação à aréola, sem a necessidade de estímulos”, esclarece o mastologista Anastasio Berretini, Presidente da Comissão de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Mastologia.

 
Plano
Trata-se do mamilo que está praticamente na mesma linha da aréola, nota-se apenas o seu desenho, mas ele não é projetado. Quando estimulado, este bico pode ou não ficar mais 
 
Invertido
Este mamilo não é visualizado, pois fica posicionado dentro da aréola. “Há dois tipos de mamilos invertidos. Um, mais raro, é o invaginado, ou verdadeiramente invertido, que não pode ser alterado. Outro é o mamilo retrátil ou umbilicado, que pode ser projetado para fora ao ser estimulado com movimentos entre os dedos”, diferencia Nascimento.

 
Comprido ou alongado
Trata-se de um mamilo muito saliente. O melhor momento de confirmar se este é o caso do seu é a hora de amamentar, porque vai depender da proporção do mamilo que é abocanhada pela criança. “Se o bebê pegar apenas o bico, então se trata de um mamilo alongado”, explica a enfermeira Grasielly Mariano, pesquisadora na área de aleitamento materno e autora do livro “Socorro, eu não sei amamentar”.  

 
Calma, tem solução

Caso você suspeite que o seu mamilo enquadra nos tipos que dificultam o aleitamento, não se desespere. “Isso não é determinante para o insucesso da amamentação”, tranquiliza Teixeira.

A primeira recomendação para as grávidas é conversar com o seu médico sobre o assunto, ainda durante os exames de pré-natal.  “É importantíssimo que a assistência seja individualizada, porque não há receita que caiba para todas as mulheres e também para todos os bebês”, explica a enfermeira Isilia Silva, professora do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Psiquiátrica da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo.
 
Além dos médicos, os consultores em amamentação também auxiliam as mamães a oferecer o peito de maneira satisfatória. Entre as orientações destes especialistas para casos de mamilos invertidos, estão: o uso de bomba de sucção manual ou seringa plástica com o embôlo invertido, que podem ajudar na projeção do mamilo, além do uso de conchas com um furo central, para posicionar o bico, tornando-o mais saliente. Já para quem tem mamilos planos, algumas das primeiras recomendações dos profissionais são: a aplicação de compressas frias mamilares e massagens na região da aréola e do mamilo.

Se o seu tem o formato alongado, a recomendação é esperar o bebê ficar mais velho. “À medida que ele cresce, vai aumentando o volume que consegue abocanhar, com a musculatura da boca mais fortalecida. Enquanto isso não acontece, a mãe pode se valer da ordenha do leite e oferecê-lo ao filho em um copinho ou xicara”, sugere Silva.

Os hormônios da gestação irão auxiliar na preparação dos seios para a amamentação, especialmente quando o mamilo for plano ou invertido. “Uma das modificações é que o volume da mama aumenta e os seios maiores vão fazer com que as regiões da aréola e do mamilo se sobressaiam”, justifica Silva.

A pega está correta?
Ao amamentar, é importante ficar atenta a alguns aspectos para saber se o bebê está se alimentando corretamente. Ao se preparar para dar de mamar, a barriga da criança deve estar encostada na sua e a cabecinha, exatamente na altura da mama, sendo que o nariz do pequeno deve ficar apontado para o mamilo.

A boca da criança tem que estar bem aberta para que o mamilo e a aréola entrem com facilidade, assim os lábios ficarão invertidos, estilo “peixinho”. Fique atenta ao queixo do seu filho. “Se ele fizer movimentos ritmados de avanço e recuo e, em seguida, engolir, ele estará se alimentando. Também é importante notar se, durante a mamada, os seios estão se esvaziando”, ensina Silva.

Antes de amamentar, observe, também, se a aréola não está muito rígida. “O tecido mamário precisa estar macio para que o bebê possa abocanhar a aréola”, conta o pediatra Marcus Renato Carvalho, professor do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Portanto, caso note que a região está endurecida, ordenhe um pouco do leite até que ela fique macia e, depois, ofereça o seio ao bebê.

Fonte: bebe.com

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Manual de higiene do bebê

O primeiro banho, o corte das unhas, a troca de fralda...Cada tarefa dessas gera uma série de dúvidas entre os pais de primeira viagem. Reunimos orientações essenciais de especialistas sobre os produtos ideais e a maneira correta de manter a higiene do pequeno.

 
Banho sem drama
Esse momento sempre deixa os pais de primeira viagem apreensivos e cheios de dúvidas quanto à quantidade de banhos diária, os produtos de higiene ideais, dentre outras questões. Não há motivo para tamanha insegurança. Basta ficar atento a algumas orientações básicas. Um banho por dia é pra lá de suficiente. Mais do que isso, é puro exagero e pode deixar a pele da criança suscetível a ressecamento e irritações. "Antes de mais nada, teste a temperatura da água com o dorso da mão para evitar queimaduras", ensina o pediatra Antônio Carlos Madeira, do Departamento Científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, no Rio de Janeiro. Vale ressaltar que o aquecimento excessivo também resseca a pele. Outra dica é não aplicar diretamente o sabonete, que pode ser líquido ou em barra. Passe-o em suas mãos e deslize-as sobre o corpo do pequeno. Isso evita o uso abusivo do produto, reduzindo o risco de uma irritação. O banho não deve durar muito tempo, só o suficiente para higienizar o corpo e o cabelo da criança. Leia, a seguir, as recomendações sobre como escolher o sabonete e o xampu adequados.

 
Sabonete ideal
O produto deve ser o mais neutro possível, pois o pH próximo ao da pele ajuda a evitar ressecamento e irritações. "Procure optar por fórmulas infantis, que são hipoalergênicas e, portanto, menos agressivas à cutis dos pequenos", afirma o pediatra Antônio Carlos Madeira, do Departamento Científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, no Rio de Janeiro. Sabonetes de glicerina neutros também são bem-vindos.

 
Acerte no xampu
A primeira regra é analisar as opções, conferindo no rótulo se o  xampu é neutro e hipoalergênico, ou seja, apresenta baixo potencial alergênico. "Os produtos classificados como infantis são avalizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que é uma garantia de que foram formulados para atender a todas as necessidades e respeitar as restrições dos pequenos", garante a dermatologista Denise Steiner, de São Paulo. Eles ainda têm a vantagem de não provocar ardência nos olhos. Por todas essas razões,  são as melhores opções. Passe longe dos xampus muito perfumados ou cheios de conservantes.

 
Bebê livre de crostinhas
 Sabe aquelas placas de óleo que aparecem grudadas no couro cabeludo dos bebês e exalam um odor de gordura? O nome técnico é dermatite seborréica e acomete, principalmente, as crianças de até quatro meses de vida. "Nessa fase, o organismo do recém-nascido ainda acumula hormônio da mãe, especialmente a progesterona, que estimula a produção de oleosidade pelas glândulas sebáceas", explica a dermatologista Meire Brasil, da Universidade Federal de São Paulo. O problema, em si, não acarreta nenhum dano grave à criança. "No entanto, o acúmulo de gordura favorece a ocorrência de infecções", avisa a dermatologista Denise Steiner, de São Paulo. À medida que os hormônios são eliminados, essas placas tendem a diminuir. Para removê-las, é preciso ter muita delicadeza. Utilize um pente fino e água morna ou óleos especiais para crianças.

 
Hidratação para cada fase

Bebês de até 1 ano não precisam de hidratação extra. De acordo com a dermatologista Denise Steiner, de São Paulo, as exceções são para os casos de dermatite atópica ou de algum outro problema que torne sua pele muito seca. "Nessa fase, os pequenos têm um excelente acúmulo de água na pele, o que lhes garante toda a hidratação de que precisam", diz a especialista. Basta prevenir o ressecamento, evitando banhos muito quentes e produtos químicos. Sem falar no uso de xampus e sabonetes adequados para a idade. Já as crianças maiores de 1 ano podem lançar mão dos cremes infantis. Hidratar a pele uma vez por dia, após o banho, é o suficiente para os pequenos nesta faixa etária. Basta espalhar o produto, em pequena quantidade, no corpinho. Na hora de escolher entre as várias opções existentes no mercado, lembre-se de excluir as muito perfumadas, já que são as que mais costumam deflagrar reações alérgicas. O melhor é optar por um creme mais neutro e, claro, infantil. O pediatra Antônio Carlos Madeira, do Departamento Científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, no Rio de Janeiro, recomenda produtos que contenham uréia ou aveia. De acordo com ele, são os que garantem uma hidratação ideal.

 
Fralda seca, bebê limpinho

Fazer a higienização e a troca de maneira adequada ajuda a prevenir diversas doenças causadas por fungos e bactérias que se proliferam na umidade e na presença de fezes e de urina. "O ideal é trocar a fralda cerca de oito vezes ao dia, especialmente quando você notar que a criança fez xixi ou cocô", recomenda o pediatra Antônio Carlos Madeira, do Departamento Científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, no Rio de Janeiro. Use um algodão com água morna ou lave a região com sabonete neutro ou infantil. Aplique uma pomada que sirva de barreira entre os dejetos e a pele. Antes de colocar a nova fralda, deixa-a aberta por alguns segundos para ventilar.

 
Lenços umedecidos

Não há como negar que eles dão uma força e tanto a quem cuida do bebê. Práticos e fáceis de carregar, eles facilitam a limpeza entre uma troca de fralda e outra, especialmente quando você está fora de casa, em um local público. Mas, você deve restringir o uso a essas ocasiões específicas. "Em excesso, o perfume e os ingredientes do produto podem irritar a pele da criança", avisa o pediatra Antônio Carlos Madeira, do Departamento Científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, no Rio de Janeiro. No dia a dia, substitua-os por um algodão umedecido com água morna ou lave a região com um pouco de sabonete neutro ou infantil.

 
Unhas em ordem
Antes e o filhote completar 2 anos de idade, o momento de cortar as unhas é sempre uma tensão para as mães, que se apavoram diante dos dedinhos delicados. Não é para menos. "A unha dos pequenos é mais mole, semelhante a uma pele endurecida", justifica a dermatologista Denise Steiner, de São Paulo. "Por isso, são necessários alguns cuidados para prevenir ferimentos ou inflamações." Antes de tudo, lave bem as mãos - as suas e as da criança - com água morna e sabonete. Use uma tesoura ou um cortador infantil. Fique de olho para não se confundir e ferir a pele. Procure realizar um corte mais reto, sem cutucar os cantos, que tendem a inflamar com facilidade. O ideal, nessa idade, é repetir o procedimento semanalmente para evitar que a criança se arranhe. Já as unhas dos pés podem ser aparadas uma ou duas vezes por mês.
Já os maiorzinhos tiram de letra o momento de cortar as unhas. Após os 2 anos, elas endurecem e ficam mais espessas, o que as torna menos frágeis, facilitando o processo de corte. Não há segredo. Basta usar um cortador ou uma tesoura infantil e apará-las, para que fiquem rentes aos dedos. Evite cutucar os cantos e faça um corte mais reto. Não há regras sobre a frequência com que se deve repetir o processo. Mas vale lembrar que unhas compridas favorecem o acúmulo de sujeira, um prato cheio para as bactérias.

 
Protegido do sol
Até os seis meses de idade, não é recomendável o uso de protetor solar, pois a criança pode desenvolver alguma alergia ou irritação. Assim, a saída é mantê-la bem longe dos raios solares. A única exceção fica por conta dos banhos de Sol para a ativação da vitamina D. "De qualquer maneira, em ambientes ao ar livre, vale lançar mão de acessórios como bonés e camisetas ou, então, escolher um local com sombra", aconselha o pediatra Antônio Carlos Madeira, do Departamento Científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, no Rio de Janeiro. Após completar o primeiro semestre de vida, a pele do bebê já está apta a receber protetor solar. "Escolha produtos hipoalergênicos, infantis e com fator de proteção maior ou igual a 20" ensina a pediatra Andréa Makssoudian, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo. Passe o produto a cada duas horas. "Fique atento se a criança está transpirando ou se permanece muito tempo na água. Nesses casos, repita a aplicação quantas vezes for necessário", recomenda. Na dúvida, é melhor pecar pelo excesso. O produto deve ser espalhado em todas as áreas do corpo que estiverem expostas ao Sol.

Fonte: bebe.com

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Desenvolvimento embrionário - Quando começa a vida?

Conseguem ver essa criaturinha estranha na foto?

É o mesmo que fomos na barriga de nossas mães. Esse é um pequeno feto, aparentemente com 9 semanas, chegando no 3º mês.

Esse pequenino avançou de uma forma unicelular até esse estado. Tem aproximadamente o tamanho de uma azeitona ou maior e se nutre exclusivamente da mãe através de uma conexão direta com o sangue e algumas glândulas.

Ele já tem os vasos sanguíneos bem definidos, sua estrutura óssea está se formando em forma de cartilagens que um dia irão calcificar e lentamente se tornarão ossos resistentes, seu sistema digestivo está em constante desenvolvimento para retirar nutrientes dos alimentos que um dia serão consumidos.

Ele passou por um período bem complicado, onde a exposição à vírus e drogas poderiam ter definitivamente alterado sua forma e seu funcionamento e complicado sua existência.

Seus braços começaram a se definir, as pálpebras começaram a aparecer, articulações começam a ser definidas, seu órgão sexual está definido, apesar de ainda não aparecer no ultrassom.

É agora que esse pequeno ser começa a aumentar de tamanho e realmente sugar os nutrientes da mãe com tudo o que tem. Ele precisa disso, é o seu período de desenvolvimento onde se desenvolverá o cérebro, os pulmões, musculatura e seu crescimento será espantoso comparado com os períodos anteriores.

Até esse momento o cérebro começou seu desenvolvimento. Mas não está completo. Ele terá seu formato razoável com os hemisférios definidos na 14ª semana de desenvolvimento (3,5 meses).

Os pulmões só estarão prontos para o nascimento Após 24 semanas de desenvolvimento, onde os pulmões já estarão com uma maturidade aceitável. Mesmo assim, o recém nato necessitará de cuidados extremos.

O que é importante frisar é que a partir da 28ª semana de desenvolvimento (7 meses) é que o feto começa a interagir com a voz da mãe e com fatores externos (existem estudos sobre o assunto).

Mas gostaria de deixar a questão no ar:

A vida começa na fecundação? No começo do desenvolvimento do cérebro? Na maturação do cérebro? Na maturação dos pulmões?

Minha Gravidez Semana a Semana

                                          Semana 16 - Os órgãos formados

16 semanas de gravidez

Seu bebê
Na água aquecida da bolsa, seu futuro bebê está se divertindo, dá graciosas cambalhotas, embora você não perceba esses movimentos até lá pela 18ª ou pela 20ª semana. Ele agora pesa 80 g e mede 10 cm e suas células não param de se multiplicar. Todos os órgãos estão a postos e continuam se desenvolvendo. Os ossos se fortificam, já os sistemas circulatório e urinário estão sendo aperfeiçoados. Enquanto o pequeno inspira e expira o líquido amniótico, vai exercitando os pulmões. Prepare-se porque ele vai dobrar de peso e tamanho nos próximos 15 dias.
  
Sua gravidez
Agora que seu metabolismo já está totalmente adaptado à gravidez, confesse: você deve estar ouvindo muitos elogios. Não é por menos. As mulheres tendem a ficar mais bonitas e radiantes nesta fase da vida. Há uma explicação para isso. Além da felicidade de ser mãe, o aumento do volume de sangue, que chega a ser 50% maior nestes meses, está por trás desse efeito Cinderela, deixando sua pele corada e reluzente. Por isso, continue investindo em alimentos ricos em ferro, que estimularão a produção de glóbulos vermelhos no seu sangue e no do seu filho. Outro nutriente que não pode faltar na sua dieta é o zinco, que manterá seu sistema imunológico - e o do futuro bebê - funcionando a mil. Não se esqueça de se alimentar com calma, pois sua digestão está mais demorada.

Para mamães

Os órgãos do bebê estão a postos e se desenvolvendo. Consuma alimentos ricos em ferro e zinco, que estimularão a produção de glóbulos vermelhos e manterão o sistema imunológico funcionando bem.

Fonte: bebe.com

Música ajuda no processo da cirurgia

Seu uso terapêutico reduz a sensação dolorosa, melhora a recuperação e acaba com a ansiedade antes da operação.

A musicoterapia é capaz de beneficiar pacientes antes, durante e depois de procedimentos cirúrgicos, diminuindo a angústia, a percepção da dor, a quantidade de anestésicos usados e o tempo de restabelecimento. A confirmação vem da Universidade de Kentucky, nos Estados Unidos. De acordo com o estudo, as canções devem ser escolhidas por profissionais especializados. Mas o gosto de quem vai ser operado precisa ser levado em conta. A musicoterapeuta Maristela Smith, das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), em São Paulo, explica que a chave está na produção da endorfina, que alivia a tensão e a dor. "Há o relaxamento muscular e, ao mesmo tempo, o uso da imaginação com base na identidade sonora que formamos desde a fase intrauterina", diz Maristela. A seleção ideal é feita em sessões nas quais, além de ouvir música, o paciente pode cantar e tocar instrumentos.

Fonte: Revista saúde 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Minha Gravidez Semana a Semana

                                                   Semana 15 - Sexo do bebê 

15 semanas de gravidez
Seu bebê
Com o rosto totalmente delineado, os olhinhos do futuro bebê continuam fechados, mas ele já percebe as alterações de luz e pode até ficar incomodado se você disparar um flash próximo à barriga. Talvez até resolva se encolher um pouquinho. Sua pele também é muito sensível, lisa e transparente, porém acaba de ganhar a proteção de uma fina camada de pelos, chamada lanugem. Após o nascimento, essa penugem vai cair e, aos poucos, nascerão novos pelos. Nesta semana, ele pesa 50 g e mede 10 cm.
 
Sua gravidez
Você está curiosa para saber o sexo do bebê? Então, anime-se: entre a 15ª e a 18ª semana de gestação, já é possível ver se você está esperando uma menina ou um menino. Ou melhor, isso vai depender da posição do pequeno - às vezes, eles cismam em fechar as perninhas e não deixam ninguém olhar ali. Que tal um revigorante banho de sol matinal? Nada impede você de continuar bonita, bronzeada e em forma durante a gravidez. Mas não se esqueça do protetor solar e evite se expor entre as 10 horas e as 16 horas. Os raios solares também vão ajudar seu corpo a produzir a vitamina D, um nutriente que melhora a absorção de cálcio. Esse mineral vai garantir dentes fortes e ossos saudáveis para mãe e filho.

Para mamães

Nesta semana, o futuro bebê pesa 50 g e mede 10 cm. Também já é possível saber seu sexo a partir de agora. O único impedimento será o fato de ele fechar as perninhas durante o ultrassom.

Fonte: bebe.com

Maracujá e seus benefícios que vão além da ação tranquilizante

Todas as partes do maracujazeiro e da fruta oferecem benefícios à saúde. Veja como aproveitar cada uma delas.

Além do sabor azedo, que cai bem no clima tropical, o maracujá é recheado de nutrientes, tem uma forte ação antioxidante e pouquíssimas calorias. "O maracujá é rico em vitaminas do complexo B, cálcio, ferro, fósforo, sódio e potássio", enumera a nutricionista Paula Fernandes Castilho, diretora da Sabor Integral Consultoria em Nutrição, em São Paulo. "Ele conta com bastante vitamina A e C e muita fibra solúvel", acrescenta a nutricionista Vanderlí F. Marchiori, de São Paulo.

100% aproveitável

E não é só a polpa que merece atenção. Um estudo realizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro mostra que a casca do maracujá evita os picos de insulina, muito perigosos para os diabéticos, combate o mau colesterol e ainda ajuda a emagrecer. Nas sementes, por sua vez, pode ser encontrado um óleo com boa quantidade de ácidos graxos, muito apropriado para uso na cozinha ou até em cosméticos, graças à sua ação emoliente e antioxidante. E as folhas do maracujazeiro oferecem igualmente benefícios. Nelas fica a maior parte dos ativos por trás da ação tranquilizante.

Os cientistas já perceberam que essa planta guarda muitas outras surpresas. A aposta nela é tão grande que foi criada uma associação de pesquisadores para desvendar seus segredos. "Ela é composta de 27 instituições brasileiras de renome, como a Universidade de São Paulo e a Universidade de Brasília, além de duas internacionais", conta a pesquisadora Ana Maria Costa, da Embrapa Cerrados, que coordena a rede. "Uma das metas é estudar as variedades de espécies nativas, estimadas em cerca de 200", ela explica. Tanto empenho tem valido a pena. A equipe descobriu que algumas delas combatem o diabete, os problemas do coração, as enxaquecas, o estresse, a tensão pré-menstrual, os tremores e a obesidade, além de contribuírem para a regeneração celular. "Muitas não são conhecidas pelo público, por isso agora estamos trabalhando com o intuito de colocá-las no mercado, o que deve acontecer em breve", diz Ana Maria.

Ele é mesmo calmante?

Sim. Ele contém alcaloides e flavonoides, substâncias que agem no sistema nervoso central e atuam como tranquilizantes, analgésicos e relaxantes musculares. "Por isso ajudam a combater a ansiedade, a depressão e os distúrbios do sono", esclarece Paula Fernandes Castilho, especialista também em fitoterapia. "Mas não é indicado usar as folhas diretamente para fazer chá em casa, já que elas têm compostos tóxicos", alerta Ana Maria Costa.

Raio x da planta
Todas as partes do maracujazeiro oferecem benefícios à saúde. Veja como aproveitar cada uma delas


Com elas são feitos medicamentos e chás. Mesmo quem não aprecia o gosto pode tirar proveito de sua ação calmante usando a infusão como base de sucos.  

Folhas

Com elas são feitos medicamentos e chás. Mesmo quem não aprecia o gosto pode tirar proveito de sua ação calmante usando a infusão como base de sucos.

É rico em nutrientes e seu suco é ingrediente precioso em receitas como mousses, bolos, molhos para salada, vinagretes e até farofas.

Fruto

É rico em nutrientes e seu suco é ingrediente precioso em receitas como mousses, bolos, molhos para salada, vinagretes e até farofas.

Ela é rica em pectina, um tipo de fibra que arrasta gorduras para fora do organismo. É consumida na forma de farinha, misturada em sucos e iogurtes. 

Casca

Ela é rica em pectina, um tipo de fibra que arrasta gorduras para fora do organismo. É consumida na forma de farinha, misturada em sucos e iogurtes.

Trituradas, entram na fabricação de esfoliantes. Já o óleo extraído delas serve para temperar saladas. 

Sementes

Trituradas, entram na fabricação de esfoliantes. Já o óleo extraído delas serve para temperar saladas.

Fonte: Revista saúde

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Natação para bebês

Natação para bebês
Mergulhos, brincadeiras e braçadas na piscina antes do primeiro ano de vida trazem ganhos significativos para o desenvolvimento cognitivo, intelectual e físico dos bebês, segundo a maior pesquisa do mundo.

Visite qualquer escola de natação para bebês e o que você verá é um grupo de pais brincando e cantando alegremente ao lado de uma dezena de pequenos sorrindo felizes e interagindo com a água com uma desenvoltura que impressiona. Braçadas, pernadas, mergulhos e brincadeiras na piscina ganham um sentido muito mais profundo do que apenas divertir: são as bases para construir aptidões dentro e fora da água. E, ao que tudo indica, a ciência está ajudando a provar que nunca é cedo demais para aprender uma nova habilidade.
 
Há evidências cada vez mais fortes de que os benefícios da prática precoce da natação ainda são observados anos mais tarde. Desde 2009, uma pesquisa australiana da Universidade Griffith, a maior já realizada no mundo, acompanha 10 mil crianças menores de 5 anos. Resultados preliminares revelaram que aquelas que fizeram aulas desde cedo chegaram à fase pré-escolar com um ganho significativo no desenvolvimento cognitivo, intelectual e físico. Segundo Robyn Jorgensen, uma das responsáveis pelo amplo estudo, os pequenos nadadores não apenas parecem ganhar confiança como são mais espertos, inteligentes e se relacionam melhor com outras crianças.
 
Outro estudo, publicado há dois anos no periódico Child: Care Health and Development, revelou que pimpolhos que iniciaram as aulas com apenas 3 meses apresentavam mais equilíbrio e facilidade para pegar objetos em comparação com os que nunca haviam sido expostos a elas. A diferença persistiu até os 5 anos.
 
Ai, que soninho...
Especialistas concordam: a natação é a primeira atividade física que os bebês podem fazer. “Eles conseguem participar das aulas antes mesmo de aprender a andar”, relata o pesquisador australiano Robyn Jorgensen. Se a idade ideal para começar ainda é alvo de controvérsias, há consenso entre pediatras e professores de Educação Física sobre os benefícios. “A exposição à água, que massageia a pele do bebê, e o contato com a pele da mãe ou do pai, transmitindo conforto e segurança, remetem o pequeno à vida intrauterina, propiciando prazer e bem-estar”, explica José Fontanelli, professor de Educação Física que há 39 anos se dedica à natação para bebês e criador do método Affective Baby Swimming, pelo qual já passaram mais de 10 mil crianças pequenas.
 
“A interação com a água é maravilhosa para os bebês. Eles ficam mais relaxados, dormem mais profundamente e até comem melhor”, afirma a dra. Renata Waksman, pediatra do Hospital Albert Einstein (SP) e presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Ricardo Halpern, professor associado da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), com pós-doutorado em Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento pelo Child Development Institute, da Universidade da Carolina do Norte (EUA), diz que a satisfação proporcionada pela água também tem a ver com o fato de estarem sem roupa nesse espaço de tempo. “Facilita os movimentos e dá grande sensação de liberdade.”
 
Como os bebês entram na piscina assistidos pela mãe ou pelo pai e precisam deles para conquistar confiança para se mover na piscina, essa relação familiar também é fortalecida. “Os pequenos ganham autoconfiança e autoestima, que é elevada por meio do reforço positivo, da segurança e da qualidade de seu repertório motor, resultado dos estímulos trabalhados durante as aulas. Consequentemente, os pais se beneficiam a curto, médio e longo prazo, pois estão contribuindo para que a criança se torne um indivíduo saudável”, declara o ex-nadador Gustavo Borges, criador de uma metodologia de natação para crianças a partir dos 6 meses.
 
Segundo Halpern, a natação também promove a estimulação de todos os grupos musculares, além de eliminar, na água, a necessidade de equilíbrio que o bebê necessita em outras situações. “As brincadeiras ainda aprimoram a coordenação motora, aumentam a resistência cardiorrespiratória e estimulam a parte sensorial”, afirma o pediatra Abelardo Bastos, do Comitê de Saúde Escolar da SBP do Estado do Rio de Janeiro. O professor Fontanelli acrescenta que a criança ganha um aparato sensório-motor mais amplo. “Ela fica preparada para desenvolver gestos refinados em idades futuras.”
 
A idade certa para começar
Não há um consenso. Para a sociedade brasileira de pediatria (SBP), é a partir dos 6 meses. “É uma questão de amadurecimento neurológico e motor”, explica o dr. Abelardo. “Nessa fase, os bebês já sustentam bem a cabeça, viram sobre si mesmos e têm firmeza para se equilibrar sentados, habilidades motoras necessárias para o bom desempenho em meio líquido.” Além disso, provavelmente estarão imunizados contra alguns agentes. A Academia Americana de pediatria, por outro lado, recomenda iniciar a natação acima de 1 ano. E isso depois de rever sua posição de indicar apenas para crianças com mais de 4 anos, mantida até dois anos atrás. “Como não há concordância mundial, pais, com o pediatra, devem decidir. As crianças não estão prontas para a natação até que eles estejam”, declara steve Graves.
 
6 a 12 meses
O foco para bebês dessa idade é aclimatá-los ao ambiente aquático e promover a interação com os pais, para que o primeiro contato com a piscina seja positivo. “Pais que têm medo de água geralmente passam uma impressão negativa aos pequenos, ainda que inconscientemente. Muitos seguram seus filhos até de uma forma mais amedrontada, mais rígida”, relata a dra. Renata. Segundo o professor Poli, nessa fase também é importante estimular os reflexos e o tônus: “Nas habilidades aquáticas, já vamos ambientando a criança ao meio líquido por meio de movimentações gerais e mergulhos”.
 
12 a 24 meses
“A criança passa de uma atitude mais passiva para outra bastante ativa nas aulas. Ela está conquistando o equilíbrio, conhecendo seu corpo e interagindo com o meio”, esclarece Poli. Segundo ele, o bloqueio respiratório já é bem aplicado. E, apesar de a criança ainda não ter autonomia na água, ela consegue, por meio de movimentos rudimentares, fazer pequenos deslocamentos – por exemplo, do professor até o pai/mãe ou da borda da piscina até o professor/pai/ mãe. Já crianças de 2 anos conseguem girar dentro da água e ir até a borda por meio de pequenos deslocamentos.
 
Dos reflexos inatos
As aulas de natação precoce, claro, não têm nada a ver com as dadas a crianças mais velhas ou a adultos, que ensinam estilos como o crawl. “A ideia é, entre outras coisas, aproveitar movimentos que os pequenos apresentam naturalmente e que independem da sua vontade, tornando-os voluntários”, explica Ernani Xavier Filho, professor de Educação Física da Universidade Estadual de Londrina (PR). Todo bebê, quando mergulhado na água, fecha a glote, impedindo a água de chegar aos pulmões. E, ao ser colocado na piscina, bate pernas e braços, quase como no popular nado cachorrinho. “Esses dois movimentos estão entre seus reflexos mais primitivos, desaparecendo aproximadamente aos 4 meses”, afirma o professor de natação Steve Graves, presidente do World Aquatic Babies Congress, entidade americana dedicada a informar e formar pessoas para trabalhar com bebês e crianças na água.
 
Fato é que até hoje não se sabe exatamente por que esses gestos somem e reaparecem quando o bebê alcança o primeiro ano de vida. Alguns pesquisadores acreditavam que o motivo estaria ligado à maturação do sistema nervoso e que, portanto, ainda que houvesse estimulação, o processo não conseguiria ser revertido. Porém, estudo do professor Xavier Filho conseguiu demonstrar que, se for dada oportunidade ao pequeno de treinar os dois movimentos primitivos na água, as competências motoras envolvidas neles não são perdidas. “Essa é mais uma evidência de que há benefícios na prática precoce da natação.”
 
Muitos alegam que, ao reduzir o medo da água, as aulas de natação infantil dariam aos pais uma falsa sensação de segurança, expondo o filho ao risco de afogamento. Em 2009, contudo, estudo publicado na revista americana Archives of Pediatric and Adolescent Medicine parece ter jogado uma pá de cal sobre essa ideia. Realizado pelo National Institute of Child Health and Human Development (NICHD), nos Estados Unidos, concluiu que a natação para crianças entre 1 e 4 anos na verdade reduz esse risco. Ao checarem os falecimentos de crianças na água entre 2003 e 2005, os pesquisadores constataram que só 3% haviam tido aulas de natação, enquanto 26% não mostravam vivência nenhuma no meio aquático.
 
“Nesse sentido, crianças que fazem natação levam vantagens: respeito à água e a noção de não entrar ali sem autorização. Elas conhecem o ambiente e, caso caiam na água, saberão bloquear a respiração, o que dará um tempo maior para serem resgatadas. Alguns programas focados na flutuação conseguem que bebês com pouco mais de 1 ano esperem por socorro flutuando”, diz Paulo Poli, diretor do Centro Físico Acqualitá, em Porto Alegre (RS), e autor do livro Natação para Bebês, Infantil e Iniciação: Uma Estimulação para a Vida (Phorte). Ou seja, desenvolver habilidades na piscina também ajuda a salvar vidas.
 
À medida que os bebês crescem e amadurecem, seu repertório se torna mais sofisticado e, então, os professores podem trabalhar os estilos da natação. “Estudos sugerem que, entre 4 e 5 anos, eles estão plenamente preparados para nadar: já são capazes de obedecer ordens, têm a visão mais desenvolvida e os movimentos mais coordenados”, argumenta a dra. Renata.
 
Pequeno manual para pais
 
Quais cuidados tomar antes de matricular o filho?
 Visite várias escolas para checar se têm boas condições de higiene, se não há correntes de vento onde a piscina foi instalada e se o vestiário oferece estrutura para receber bebês (por exemplo, se dispõe de trocadores). Prefira piscina com água salinizada ou ionizada, pois reduz as chances de alergias. Quando a água é tratada com ozônio, o bebê pode inclusive mergulhar de olhos abertos, pois não sentirá os olhos arderem. “o cloro é um potente agressor das mucosas”, avisa Renata. A temperatura da água deve girar entre 28 ºC e 32 ºC e o pH, entre 7,2 e 7,8 (básico). Verifique também se os professores são habilitados para dar aulas a crianças.
 
Precisa usar tampão no ouvido?
Não há necessidade. O ouvido está protegido pelo tímpano, membrana fina e semitransparente que separa a porção mais externa da parte mais interna. “O que devemos ter é uma atenção ao tratamento da água da piscina, para que o bebê não pegue nenhuma doença transmitida por bactéria. O princípio deve ser o mesmo aplicado ao levar a criança para a praia: não se deve entrar na água se as condições para o banho estiverem impróprias”, explica Sandra Madormo. Depois de sair da piscina, seque o ouvido do seu filho com uma toalha para evitar o aparecimento de fungos.
 
E se o bebê apresenta sinais de alergia e/ou otite?
“Deve evitar as aulas durante uma infecção respiratória ou uma otite”, aconselha Abelardo. A orientação também é suspender os treinos se o pequeno está fazendo uso de antibióticos ou se teve de colocar dreno no ouvido. “Quanto às alergias, são raras as ocasiões em que a criança é impedida de praticar natação por causa disso”, diz o professor Fontanelli. Mas o cloro, ainda um meio de tratamento de água bastante popular, pode desencadear rinite e otite em alguns casos. Por isso, escolha escolas onde as piscinas sejam tratadas com sal ou ozônio.
 
 Como os pais devem retirar o bebê da água?
Envolva-o num roupão ou toalha. Seu mecanismo termorregulatório não está plenamente desenvolvido, então ele perde calor para o ambiente facilmente.
 
Em que casos evitar a natação?
“Há controvérsias entre os pediatras”, diz Abelardo. Ele explica que, antes de colocar o bebê nas aulas, deve-se considerar uma série de aspectos. Entre eles, se o tratamento da água é feito por meio de cloro, o que poderia aumentar as chances de alergia, e o clima e a reprodução artificial dele, caso das piscinas térmicas. Bebês que não estão em dia com o calendário de vacinas não devem entrar na piscina. De acordo com o médico renato Procianoy, presidente do Departamento Científico de Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, prematuros merecem especial atenção, já que as defesas ainda não estão maduras. “O ideal é evitar natação, ambientes fechados e com aglomeração de pessoas.”
 
 Qual a duração ideal de cada aula?
Bebês se cansam facilmente, portanto, entre 20 e 30 minutos é o ideal. Mas, segundo o professor Poli, é importante perceber sinais de fadiga e frio. Quando eles alcançam 1 ano, 1 ano e meio, cada aula costuma ter até 45 minutos.
 
Quando os pequenos podem ficar na piscina sem o suporte dos pais?
Varia. Algumas escolas permitem ficar na piscina sozinho com o professor a partir de 2 anos, enquanto outras, a partir dos 3. “Lembrando que sempre deverá ser monitorada”, recomenda Gustavo Borges. Renata alerta que, dentro da água, a criança nunca deve estar mais afastada dos pais do que a distância de um braço.

Fonte: bebe.com

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Mudar de vida pode ser mais fácil do que você pensa

Mudar de vida e livrar-se das amarras internas que atravancam a sua vida. Quer melhor projeto para começar o ano novo?

Nossa proposta é que você faça uma auto-análise para identificar (e tentar mudar) comportamentos que resultam em rugas cotidianas. E eles são muitos, admita. É o ciúme que estraga os relacionamentos, um jeito ansioso de ser que faz pequenos problemas ganharem corpo ou ainda a intransigência, às vezes um empecilho para o crescimento profissional.

"O homem se transforma o tempo todo", garante a psicanalista Rita Charter, professora da Pontifícia Universidade Católica, a PUC de Campinas. Tem até pesquisa - e das sérias - pondo por terra aquela velha tese que pode ser resumida em uma frase: "Eu sou assim e pronto". A Universidade de Berkeley, que fica na Califórnia, nos Estados Unidos, estudou por três anos cerca de 132 mil voluntários, de 21 a 60 anos, e concluiu que a personalidade se altera com a idade e, na maioria dos casos, para melhor. Não que ocorram profundas transformações, mas sim uma espécie de renovação interna.

Em resumo, os pesquisadores constataram que, entre 20 e 30 anos, pessoas de ambos os sexos tornam-se em geral mais disciplinadas, organizadas, criativas e abertas a novos conhecimentos. Já as mulheres dessa faixa etária monstram-se mais extrovertidas do que os homens - uma diferença de comportamento que não fica tão evidente com o passar do tempo. E as emoções, como se comportam? Bem, no time feminino elas vão ficando mais equilibradas, diferentemente do que ocorre com o masculino. Por volta dos 50 anos, é como se homens e mulheres se avaliassem com outra lente e subissem vários degraus no quesito solidariedade. "Não há dúvidas de que as pessoas continuam a amadurecer durante a fase adulta", diz a psicóloga Suely Sales Guimarães, da Universidade de Brasília, no Distrito Federal. É o aprendizado ao longo da vida e as descobertas sobre nós mesmos que ditam a necessidade de mudar comportamentos que não têm mais a ver com a gente. "Novas atitudes sempre dependem de decisão própria e de ação", faz questão de ressaltar Suely.

O primeiro passo para a reestréia da sua personalidade é encarar aqueles problemas de comportamento que estão empatando a sua vida. E aí a saída é botar a cabeça em ordem, organizar os pensamentos e tentar descobrir os motivos da sua forma de agir. Insegurança? Trauma? Encontrar respostas para questões do gênero desperta a consciência de que atitudes indesejadas podem ter uma origem externa e não necessariamente fazem parte da sua personalidade. "Fica mais fácil quando você cria condições que favorecem as mudanças e abandona aqueles padrões de comportamento que as impedem", ressalta a psicóloga gaúcha Ana Maria Rossi, especialista em estresse. Alguém já disse que a melhor maneira de não errar é não fazer nada. Só que esse imobilismo, é claro, não leva a lugar nenhum. Então, tenha paciência com os seus erros e nem pense em desistir da empreitada. Se a tal da reinvenção parecer difícil, procure ajuda de um especialista. Você só precisa se dar a segunda chance a que todos nós temos direito na vida. E, quem sabe, a terceira, a quarta, a quinta...

MUDANÇA DE ATITUDE
A virada não precisa (nem deve) ser radical. Bastam alguns ajustes no seu jeito de ser
· Aceite que mudar implica assumir certos riscos.
· Use os mesmos parâmetros para avaliar-se a si e aos outros.
· Não exija soluções mágicas para os problemas.
· Seja paciente, pois mudanças vêm com o tempo.
· Estabeleça metas razoáveis para os seus projetos de mudança.
· Entenda que adquirirm novas condutas requer esforço e prática.


MUDAR É PRECISO
Dois exemplos do que a ciência já sabe sobre a nossa capacidade de transformação
1. Pesquisadores da Universidade da Pennsylvania, nos Estados Unidos, descobriram que pessoas extrovertidas e abertas a novas situações aprendem mais rápido e são mais inteligentes.
2. Um trabalho da Universidade de Stanford, que também fica nos Estados Unidos, revelou que o cérebro de indivíduos ansiosos, comparado com o de gente que dificilmente se abala em situações adversas, é menos ativado quando vê imagens felizes. Diante de situações tristes ocorre o oposto, ou seja, a massa cinzenta dos agitados fica a mil. Em outras palavras, a ansiedade aumenta o risco de depressão.


A virada não precisa (nem deve) ser radical. Bastam alguns ajustes no seu jeito de ser.

Fonte: Revista saúde 

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Conjuntivite tem causas diversas e tratamentos específicos

A conjuntivite tem várias causas. E, embora não seja uma doença grave, ela pode evoluir para um quadro complicado se não for bem tratada.


Os primeiros sintomas são um prenúncio do que está por vir: olhos vermelhos e marejados. Isso na melhor das hipóteses. É que, dependendo do tipo de conjuntivite, as pálpebras se grudam e surge uma secreção amarelada bem no canto interno dos olhos. Quem já teve o incômodo fica tentado a aplicar o mesmo colírio que o oftalmologista indicou anteriormente. Errado. Há várias causas e vários tipos do mal. O tratamento, portanto, nem sempre é o mesmo. E aí medicamentos mal usados podem levar a problemas bem mais graves do que a própria doença.

Como o próprio nome sugere, o alvo é sempre o mesmo: a conjuntiva, aquela membrana que reveste a parte branca do globo ocular, que é rica em minúsculos vasos sangüíneos. "A inflamação faz com que eles fiquem mais irrigados e, consequentemente, a aparência do olho se torna muito vermelha", explica Luís Paves, oftalmologista da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. O quadro dura de uma semana a 15 dias e geralmente compromete os dois olhos - primeiro um, depois o outro.

A conjuntivite só é contagiosa quando provocada por vírus ou bactérias. E há casos em que esses dois agentes agem em conjunto. Isso porque, algumas vezes, o tipo viral facilita a evolução de uma infecção bacteriana. "Isso torna o caso mais grave e obriga a uma alteração do tratamento", alerta o oftalmologista Ronaldo Boaventura Barcellos, do Instituto Penido Burnier, em Campinas, no interior paulista.

"Os agentes infecciosos não são transmitidos pelo ar, mas pelo toque", avisa o oftalmologista Ricardo Nunes Eliezer, do Hospital Samaritano, em São Paulo. Então, basta um aperto de mão ou o uso compartilhado de uma toalha de rosto, por exemplo, para o contágio acontecer.

O tipo menos frequente de conjuntivite é aquele provocado por agentes químicos, que irritam os olhos e desencadeiam um processo inflamatório. Quem vive nos grandes centros urbanos nem sempre fica imune à poluição atmosférica - exemplo clássico dessa manifestação da doença. É que as partículas em suspensão no ar atingem em cheio a conjuntiva. O excesso de cloro na água da piscina e até o uso indiscriminado de colírios também são agressores externos. Essa forma de conjuntivite, no entanto, não é transmissível.

Segundo um estudo do Instituto Penido Burnier, até mesmo o filtro solar pode causar conjuntivite química. Após avaliar 368 pacientes com idades entre 16 e 45 anos, no período de 2004 a 2006, os pesquisadores de Campinas concluíram que o protetor foi responsável por 46% dos casos de conjuntivite química observados em consultório. Isso não significa que esses produtos devem ser evitados, mas sim que é preciso tomar alguns cuidados para que não afetem os olhos. A dica é enxugar o suor do rosto com lenços descartáveis e lavar os olhos para remover resíduos de creme ou gel. Outra recomendação é passar o filtro até a altura das sobrancelhas e, depois, abaixo das pálpebras inferiores.

Para o leigo, por mais bem informado que ele esteja sobre os vários tipos de conjuntivite, saber qual é qual não é tarefa fácil. Então, mantenha certa distância de quem está com os olhos visivelmente irritados. Outra recomendação que não custa repetir: consulte o oftalmologista assim que surgirem os primeiros sinais. Isso porque os mesmos microorganismos da conjuntivite bacteriana podem atacar a córnea e causar uma úlcera, algo bem mais complicado — principalmente quando se insiste em usar lentes de contato com os olhos irritados. Enquanto durar a vermelhidão, o certo é deixá-las de lado e só voltar a botá-las quando o especialista permitir.


Os sintomas que os intrusos provocam e o jeito de acabar com eles

 

· Conjuntivite bacteriana ou infecciosa
Vermelhidão, lacrimejamento, secreção purulenta e amarelada, dor, pálpebras inchadas e, às vezes, grudadas logo ao acordar. É mais comum no verão.
Tratamento
Colírio antibiótico, sob prescrição médica. Alerta: o uso indiscriminado dessa espécie de colírio pode provocar glaucoma.

· Conjuntivite viral
Vermelhidão, lacrimejamento, secreção espessa e esbranquiçada, coceira, ardência, irritação, fotofobia. Ocorre com maior freqüência no inverno.
Tratamento
Intervenções paliativas, como compressas geladas e lágrimas artificiais, até que o próprio sistema imunológico se livre do inimigo.

· Conjuntivite alérgica
Coceira intensa, vermelhidão, lacrimejamento excessivo. Geralmente é acompanhada de rinite, asma e sintomas de gripe. Costuma ocorrer na primavera. Os gatilhos geralmente são o pólen, os ácaros e os pêlos de animais domésticos.
Tratamento
Colírios antiinflamatórios ou anti-histamínicos.

· Conjuntivite química
Vermelhidão, lacrimejamento, secreção transparente, inchaço nas pálpebras.
Tratamento
Evitar ou interromper o uso do agente agressor.


É fácil prevenir a doença

Siga esta relação de cuidados simples

· Lave o rosto e as mãos com freqüência. Aliás, higienize sempre as mãos depois de manipular produtos tóxicos, como inseticidas domésticos.
· Mesmo que os olhos estejam irritados, evite coçá-los.
· Aumente a freqüência com que troca as toalhas ou use as de papel para enxugar o rosto e as mãos.
· Se está com conjuntivite, troque as fronhas dos travesseiros diariamente até o problema se resolver de vez.
· As mulheres não devem compartilhar esponjas de sombra, rímel e delineadores.

 

Toda conjuntivite é contagiosa?

 Quando o agente é um microorganismo - vírus ou bactéria -, a doença é, sim, transmissível. Já no caso das conjuntivites alérgicas ou químicas, não há risco de contaminação.


Quando o agente é um microorganismo - vírus ou bactéria -, a doença é, sim, transmissível. Já no caso das conjuntivites alérgicas ou químicas, não há risco de contaminação.


 

A doença é transmitida pelo ar?

A conjuntivite infecciosa - viral ou bacteriana - só passa de um para outro no contato social, por meio de beijos no rosto ou apertos de mão com alguém que já apresente o problema. Ou, ainda, pelo uso compartilhado de objetos contaminados, como toalhas de rosto ou fronhas. 

A conjuntivite infecciosa - viral ou bacteriana - só passa de um para outro no contato social, por meio de beijos no rosto ou apertos de mão com alguém que já apresente o problema. Ou, ainda, pelo uso compartilhado de objetos contaminados, como toalhas de rosto ou fronhas.

 

O uso de compressas geladas ajuda pra valer?

Verdade, mas o alívio é temporário. Nos casos de conjuntivite alérgica, esse recurso diminui a coceira e a vermelhidão. 

Verdade, mas o alívio é temporário. Nos casos de conjuntivite alérgica, esse recurso diminui a coceira e a vermelhidão.

Água boricada é mesmo um tratamento eficaz?

Esse líquido, que já foi muito usado como um anti-séptico ocular, não é mais recomendado. Seu uso resseca e descama as pálpebras. Há até quem tenha desenvolvido alergia, o que, claro, só faz piorar a irritação e dificultar o tratamento. O ideal é fazer compressas com água filtrada ou mineral — e só.

Esse líquido, que já foi muito usado como um anti-séptico ocular, não é mais recomendado. Seu uso resseca e descama as pálpebras. Há até quem tenha desenvolvido alergia, o que, claro, só faz piorar a irritação e dificultar o tratamento. O ideal é fazer compressas com água filtrada ou mineral — e só.

Água de piscina pode detonar uma conjuntivite?

Alguns especialistas acreditam que sim, outros dizem que não. O cloro, no caso de ser esse o produto usado no tratamento da água, mataria os microorganismos das versões infecciosas. Por outro lado, a conjuntivite química poderia, sim, ser disparada pelo excesso dessa substância.

Alguns especialistas acreditam que sim, outros dizem que não. O cloro, no caso de ser esse o produto usado no tratamento da água, mataria os microorganismos das versões infecciosas. Por outro lado, a conjuntivite química poderia, sim, ser disparada pelo excesso dessa substância.

Praias consideradas impróprias para o banho representam risco?

A água do mar poluída provoca muitas doenças, mas não essa.

A água do mar poluída provoca muitas doenças, mas não essa.

A conjuntivite é sazonal?

O mal aparece praticamente o ano todo. O que varia de uma estação para outra são as formas. As bacterianas ocorrem mais freqüentemente no verão, as virais são mais prevalentes no inverno e as de origem alérgica são assíduas sobretudo na primavera.

O mal aparece praticamente o ano todo. O que varia de uma estação para outra são as formas. As bacterianas ocorrem mais freqüentemente no verão, as virais são mais prevalentes no inverno e as de origem alérgica são assíduas sobretudo na primavera.

Leite materno usado em compressas ajuda no tratamento?

Os anticorpos presentes nesse alimento básico do bebê não produzem nenhum efeito nos olhos.

Os anticorpos presentes nesse alimento básico do bebê não produzem nenhum efeito nos olhos.

Quem tem conjutivite precisa sair com óculos de sol obrigatoriamente?

Precisar não precisa. O acessório apenas reduz a fotofobia, isto é, a sensibilidade à luz, comum quando o problema se instala. Traz conforto, mas é opcional.

Precisar não precisa. O acessório apenas reduz a fotofobia, isto é, a sensibilidade à luz, comum quando o problema se instala. Traz conforto, mas é opcional.

Fonte: Revista saúde