1. Cortes
A primeira coisa a fazer é comprimir o local com um pano fino e limpo e
erguer a região para cima, dificultando o bombeamento do sangue para
lá. Depois, lave o local com água e sabão, de preferência um que seja
neutro, sem perfume. Essa é a garantia de que o machucado não vai
infeccionar. Quem preferir pode borrifar ou passar um medicamento
antisséptico. Tente convencer o pequeno também a não ficar arrancando a
casquinha. O ideal é que ela saia naturalmente. Outra dica é fazer um
curativo simples para proteger a pele cortada da ação de germes. Diante
da presença de pus, que sinaliza uma infecção, vale a pena procurar
ajuda médica. Agora, se o ferimento for mais profundo, além da pele,
será preciso levar a criança diretamente a um pronto-socorro. Lave o
corte, envolva-o com gaze ou pano fino (sem fiapos), comprima bem para
estancar o sangue e siga para o hospital. Importante: certifique-se de
que a criança está vacinada contra o tétano, doença grave causada por
uma bactéria presente em superfícies sujas (prego, asfalto, calçada
etc.). Caso contrário, ela terá de ser imunizada logo após o ferimento.
2. Batidas
Se a pancada for contra a cabeça, observe a reação da criança para
identificar uma situação mais preocupante. Qualquer alteração pode ser o
sinal de que há ali uma lesão interna a ser investigada. Desmaio, falta
de coordenação, fala embrulhada e vômito indicam que algo está errado.
Nesse caso, leve o pequeno a um pronto-socorro o quanto antes. Porém, se
a batida não teve maiores consequências, além do choro escandaloso,
repouse apenas um pano umedecido com água gelada no local para não subir
um galo muito grande. Se o choque ocorrer em outro local do corpo, a
dica é a mesma: água gelada por entre cinco e dez minutos para conter o
inchaço e amenizar os indesejáveis hematomas, aqueles roxos que aparecem
no dia seguinte e ficam lá por cerca de uma semana ou mais. Evite usar
gelo para não queimar a pele da criança.
3. Arranhões
O procedimento é similar ao do corte: lavar com água e sabão neutro.
Dependendo da extensão do ferimento, o processo de cicatrização pode ser
mais sofrido. É que a roupa da criança gruda na casquinha e abre a
ferida a toda hora. Por isso, se a superfície do machucado for grande,
procure fazer um curativo com gaze e esparadrapo para evitar esse tipo
de problema e também reduzir os riscos de infecção. Continue lavando o
local com água e sabão. Se o raspão começar a apresentar pus, dê um pulo
no hospital só para garantir que nada mais grave acontecerá.
4. Inchaço
Regiões de articulação com inchaço podem indicar problemas mais graves.
Se a criança apresenta inchaço, vermelhidão e calor no tornozelo no dia
seguinte a uma queda de bicicleta, por exemplo, a situação é
preocupante. É um sinal de que há um trauma interno e o corpo não está
conseguindo resolver a situação. Nesse caso, vá a um pronto-socorro. Se o
inchaço ocorrer na hora da queda, e a criança apresentar dificuldade de
movimentar ou apoiar a região, em geral pé, perna, braço ou mão, há a
chance de ser uma torção, uma trinca ou mesmo uma fratura. Aqui, só o
ortopedista poderá fazer um diagnóstico. Se o inchaço for só da batida
mesmo, vale a dica da compressa de água gelada por entre cinco e dez
minutos.
5. Fratura
A queda de qualquer altura mais elevada ou em alta velocidade pode
levar a fraturas. É um caso grave, que merece a supervisão médica
imediata. Se a criança estiver inconsciente ou muita dor ao se
movimentar, não mexa nela, sob pena de agravar uma lesão de coluna ou a
própria fratura. O ideal é chamar um serviço de emergência. Se não for
possível, procure uma superfície dura, como uma tábua ou porta, para
transportá-la, sempre com muito cuidado e com mais de um adulto para
auxiliar. Diante de uma fratura localizada, imobilize o membro machucado
para reduzir a dor e o inchaço, além de amenizar a lesão. Se houver
ferimento, será preciso limpá-lo com água corrente e estancar o sangue
com uma compressão moderada antes de procurar a ajuda médica. Agora,
mesmo que seu filho não pareça ter se machucado com gravidade, vale a
pena levá-lo a um hospital depois de uma queda mais violenta. É que
existem casos, como a chamada fratura de galho verde, que não incham e
provocam uma dor discreta, mas que precisam ser tratados.
6. Dente quebrado
Não há muito o que fazer diante de um dente quebrado depois de uma
queda. Se houver sangramento, será preciso levar a criança a um
pronto-socorro odontológico. Caso contrário, é possível aguardar para
levá-la a um dentista de confiança da família. O importante aqui é
certificar-se de que o pequeno não está com o dente dentro da boca.
Engoli-lo pode ser perigoso.
7. Irritação nos olhos
No caso de objetos estranhos no olho da criança, lave-o com água
filtrada em abundância e procure um oftalmologista de plantão. Faça isso
com a mão bem limpa. E não tente usar nenhum objeto doméstico para
fazer o serviço que é do médico.
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