Hoje é o Dia Mundial do Combate à Pneumonia. Aproveite a data para
ler sobre os sintomas da doença e ficar de olho. Afinal, descobrir
qualquer doença no início ajuda no tratamento.
"A pneumonia ainda não ganhou o respeito que merece. Essa é a frase
que Orin Levine, pesquisador da Escola de Saúde Pública da Universidade
Johns Hopkins, nos Estados Unidos, tem na ponta da língua quando começa a
falar da doença. Líder do esforço mundial por fundos para a pesquisa de
vacinas, Levine lamenta que ainda persista a idéia de que se trata
apenas de uma ameaça aos idosos. Segundo ele, isso ajudou a jogar a
pneumonia para segundo plano. A verdade é que muita gente não se dá
conta de que esse é um problema de saúde global, lamenta.
Em todo o planeta, a inflamação pulmonar é uma das principais causas de
morte de milhões idosos e crianças. A população mundial está
envelhecendo, o que certamente levará ao aumento explosivo de casos.
Além disso, os agentes do mal estão ficando muito resistentes e isso
torna o tratamento cada vez mais difícil, explica Keith Klugman,
professor de Saúde Global da Universidade Emory, também nos Estados
Unidos.
Há quem diga que a pneumonia não é uma única doença, e sim várias. Os
inúmeros agentes que ocasionam a inflamação dos pulmões, a dificuldade
de descobrir qual deles levou ao mal e a crescente resistência aos
antibióticos são hoje os grandes desafios da Medicina frente à encrenca.
Diagnosticar os sintomas é fácil. O difícil é saber qual
microorganismo é o culpado, justifica Levine. Não há como coletar
espécimes dos pulmões. Além disso, os testes feitos nas vias aéreas
superiores e no sangue falham em quase metade dos episódios.
Para Peter Appelbaum, especialista americano em resistência a
antibióticos da Pennsylvania State University, a grande dificuldade é
tratar a pneumonia bacteriana. Além do pneumococo, uma série de outras
bactérias pode causar a doença. Por isso, a terapia com antibióticos
muitas vezes é empírica para ser capaz de cobrir uma grande variedade de
organismos, explica.
Veja como a pneumonia se desenvolve
Foto: Getty Images
Ataque impiedoso
A infecção ataca um ou ambos os pulmões, sobretudo quando o sistema de
defesa foi debilitado por outra doença, como gripe, tuberculose,
alcoolismo, fumo, diabete e males do coração
Abrigo nos alvéolos
Basta um espirro de alguém infectado para que o agente da doença
vírus, bactéria ou fungo solto no ar chegue aos pulmões. Mas esses
microorganismos também podem se alojar ali depois de pegar carona na
corrente sangüínea. Uma vez nos pulmões, encontram abrigo nos alvéolos,
pequenas estruturas em forma de saco onde acontecem as trocas gasosas.
Muco barra o ar
Eles se reproduzem rapidamente, causando uma infecção. Em resposta, o
corpo produz pus e plasma, que se acumulam dentro dos alvéolos,
prejudicando a troca de gases. Daí a dificuldade para respirar, que, nos
casos graves, pode levar à internação.
As bactérias se espalham
As complicações mais comuns são o derrame pleural, que é o acúmulo de
líquido entre as camadas da membrana que reveste os pulmões e a cavidade
torácica. Outra encrenca é a bacteremia, quando as bactérias infestam a
corrente sangüínea. Aí, podem provocar a morte.
E fique de olho nos sintomas
Calafrios
Febre alta
Suor intenso
Dor no peito e dificuldade para respirar
Falta de ar
Tosse com ou sem catarro
Fadiga, moleza, prostração
Fonte: Revista saude
Com que frequência devo lavar o cabelinho do bebê? E o nariz, como
limpar? E qual o jeito certo de cuidar das unhas no dia a dia? Confira
essas e outras orientações e mantenha o pequeno 100% limpinho.
Cabelo
Lave todo dia
Apesar de fininho, o cabelo do bebê precisa ser lavado diariamente,
para não acumular oleosidade. “A temperatura ideal é a mesma no banho,
em torno de 37 graus”, ensina o pediatra Sylvio Renan Monteiro de
Barros, de São Paulo.
Bem neutro
Evite usar produtos com fragrâncias intensas, a melhor escolha é
sabonete ou xampu neutro infantil. “Essas fórmulas irritam menos os
olhos. Ainda assim, use sempre uma quantidade pequena, para que não seja
produzida espuma em excesso, podendo atingir os olhos e provocar
ardência”, avisa o médico. Perfumes e corantes, jamais, hein?
Corpo
Banho rápido
Os banhos devem ser rápidos, pois a permanência em contato com a água
por tempo prolongado desidrata a pele, induzindo a problemas cutâneos.
Dez minutos, em temperatura de 37 graus, são suficientes!
Líquido ou em barra
A higiene com o corpo também não tem segredos: use sabonete líquido ou
em barra, mas sempre com pH neutro. “Os produtos não devem conter nenhum
tipo de perfume, pois podem provocar alergias dérmicas ou
respiratórias”, avisa Sylvio.
Loção hidratante?
Após tirar o pequeno do banho, você pode passar uma loção hidratante de
sua preferência, principalmente nos períodos de baixa umidade do ar.
Mas, sempre sem perfume e neutra.
O horário ideal
Dê preferência ao banho no fim da tarde, para iniciar um ritual de relaxamento. Em seguida, a criança pode jantar e dormir.
Talco pode?
Essa é uma questão polêmica – melhor consultar o pediatra do bebê.
Embora alguns recomendem, muitos preferem evitar. “Condeno o uso do
talco em bebês, por ser agente causador de reações alérgicas,
principalmente respiratórias, podendo inclusive deflagrar asma”,
justifica Sylvio. “No caso de irritação da pele, após avaliação médica,
pode-se utilizar um talco, na forma líquida, como calmante e emoliente”,
completa a pediatra Mariana Grigoletto, de Valinhos, no inteior
paulista.
Cuidado com os lenços umedecidos
Apesar de serem práticos, possuem um forte perfume, que pode causar
alergias e até irritar a pele sensível do bebê. Então, use-os apenas em
casos de emergência, quando precisar trocar a fralda e não tiver água
por perto, por exemplo.
As trocas de fraldas
O bumbum dos bebês precisa ser lavado a cada troca, com água e sabão, e
claro, enxaguado. Após isso, espalhe pomada contra assaduras, de
preferência sem perfume ou com uma fragrância bem suave. Caso esteja
fora de casa, higienize o bumbum do bebê utilizando um algodão umedecido
com óleo de amêndoas.
Ouvido
A limpeza da orelha dos bebês deve ser feita com uma haste flexível
(cotonete) umedecida com óleo de amêndoas. Mas atenção: não aprofunde
muito: ele só deve limpar as curvas da orelha. “É totalmente
contraindicado no conduto auditivo, porque essa região tem a pele muito
delicada, sofrendo com qualquer agressão física”, diz Sylvio. Além
disso, o cotonete possui calibre maior do que o conduto. Assim, não
consegue retirar qualquer sujeira existente e acaba a empurrando ainda
mais para dentro. “A higiene externa deve ser feita após o banho com uma
toalha delicada, diariamente”, acrescenta Mariana.
Unhas
Você já deve ter reparado que as unhas dos bebês crescem numa
velocidade muito grande e acabam pedindo cortes frequentes, sempre que
passam do comprimento do dedinho. Esse cuidado é importante para evitar
que a criança arranhe a si própria e também para impedir o acúmulo de
sujeira. Os cortes devem ser feitos com tesouras sem pontas, com cautela
especial para evitar machucados. “Mantenha as laterais das unhas para
evitar seu encravamento”, aconselha Sylvio. “No recém-nascido, pode-se,
ainda, utilizar uma lixa de unha fina, delicada. A alternativa é mais
adequada do que o cortador de unhas, que pode facilitar acidentes”,
recomenda a pediatra Mariana.
Atenção: Os acessórios devem ser de uso exclusivo do bebê
Olhos
A menos que apresentem algum tipo de secreção, os olhinhos devem ser
limpos apenas com água, durante o banho. Se houver presença de
secreções, você pode limpar com um algodão embebido em soro fisiológico
frio. Mas, já sabe: diante de qualquer anormalidade, procure o pediatra
do bebê.
Nariz
A mucosa nasal é muito mais delicada e sensível do que a pele do
ouvido. Então, não há necessidade de limpar diariamente nem de usar
cotonetes. Limpe apenas quando estiver com secreções. “Aí, o ideal é
fazer uma lavagem com soro fisiológico com posterior aspiração, por meio
de um aspirador nasal infantil”, ensina Sylvio.
Vale lembrar
É importante manter os cosméticos longe do alcance das crianças.
“Prefira comprar produtos com frascos de plástico e, preferencialmente,
com tampas de segurança, a fim de evitar os conhecidos acidentes com
frascos de vidro e ingestão acidental de produtos”.
Fonte: Revista saude