Cólicas: calor, conforto e proximidade para lidar com elas
O aparelho digestivo do bebê está amadurecendo e isso, às vezes,
dói. Entenda como surgem as cólicas e fique tranquila para lidar com
elas.
O que são e quando chegam
Nenhuma cena é mais gostosa do que o bebê relaxado, dormindo tranquilo e
confortável. E nada é mais agoniante para as mães do que a interrupção
deste momento de forma abrupta por um choro agudo, que não cessa. Assim
são as cólicas de bebê. A constipação crônica funcional, nome técnico,
se caracteriza por dores de barriga na formação de gases e dificuldade
de eliminação das fezes. Começam no final da primeira semana e
predominam à noite. O nome, de origem grega, quer dizer intestino grosso
e a principal razão de acontecerem é basicamente fisiológica: o bebê
está crescendo, seu processo digestivo está se desenvolvendo e isso, às
vezes, dói.
O bebê, que é alimentado por mamadas ao seio ou mamadeiras, pode engolir ar ao mamar
2.
Esta é apenas uma das possíveis razões, que não são fáceis de
identificar. Muitas vezes é a combinação de fatores que causa a cólica.
Para os bebês que mamam na mamadeira, atenção à fórmula, que pode causar
cólica e prisão de ventre e que deve ser trocada pelo pediatra quando
necessário. Também o furo da mamadeira precisa ser adequado, nem muito
grande nem pequeno para o tamanho do seu bebê.
Conhecendo as crises de cólicas
Normalmente o choro é de um bebê irritado, que aparenta estar incomodado
fisicamente e movimenta muito braços e pernas, se encolhendo. A mamada
pode ser interrompida abruptamente pelo bebê. O choro costuma vir na
mesma hora todos os dias, é repentino e pode durar horas. Nada o
consola. Além do desconhecido e desconfortável processo do corpo, o bebê
não consegue dormir ou relaxar, então chora também de sono e cansaço.
Para os pais, pode ser desesperador ver seu anjinho nesta agonia, por
isso o conselho mais importante é manter a calma e procurar suavizar o
desconforto.
Existe ainda um agravante: é impossível saber se são realmente cólicas
ou apenas um estranhamento do bebê em sua nova condição fora da barriga
da mãe. Por isso, além das soluções paliativas para lidar com a dor, os
pais também devem estar sensíveis ao aspecto emocional. Michelle
Prazeres, jornalista, 33 anos, mãe de Miguel, hoje com 8 meses, viveu a
experiência quando seu bebê estava com um mês e, juntamente com seu
marido, encontrou alívio para o sofrimento com um pacote de
mudanças de atitude para dar mais suporte emocional ao filho.
"Fizemos a leitura de que nosso filho, com as crises de cólica, nos dava
o recado de que precisávamos estar mais próximos. Então buscamos uma
conexão menos pragmática e mais emocional. Fizemos um curso de
shantala e passamos aplicar a massagem diariamente. Na hora da troca de
fraldas, buscávamos contato com o corpo do bebê e, sem pressa,
interagíamos. Passamos a curtir e não mais a encarar como um serzinho
que demandava de nós todo o tempo".
Como lidar com cólicas
Proximidade, calor e conforto formam o trio poderoso no alívio das
cólicas. Aprenda algumas dicas de como amenizar a dor do bebê:
Proximidade: colocando o bebê no colo e pressionando
levemente a barriguinha, ou apoiando a barriga no antebraço do pai ou da
mãe, para aquecer e apertar a região é um método antigo e eficaz para
aliviar a dor. Os carregadores de bebê, como slings, também oferecem
calor e contato.
Calor: banhos para relaxar, inclusive o de balde, que
mantem o bebê mais encolhido, costumam surtir efeito calmante para
cólicas. Massagens com as mãos suaves sob a barriguinha e compressas de
bolsa quente de água ou de ervas (hoje em dia há as que podem ser
aquecidas no microondas, super práticas) também são fontes de calor que
dissipam os gases.
Conforto: o bebê está assustado com o processo. Assim,
quanto mais os pais conseguirem acolhê-lo e distraí-lo neste momento,
melhor. Enrolar o bebê como um charutinho ajuda a pressionar, aquecer e
confortar. O balanço do carrinho ou do moisés e a diminuição de
estímulos externos podem ajudar a relaxar e fazê-lo dormir. Uma boa dica
é também mudar completamente a atmosfera: se estava muito agitada,
suavize, se estava muito calma, estimule, na intenção de distraí-lo.
Essas são as dicas não medicamentosas. Entretanto, é importante
consultar o seu pediatra para que ele possa orientar sobre o tratamento
mais adequado.
Fonte: bebe.com
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