quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Cólicas: calor, conforto e proximidade para lidar com elas

O aparelho digestivo do bebê está amadurecendo e isso, às vezes, dói. Entenda como surgem as cólicas e fique tranquila para lidar com elas.

 O que são e quando chegam
Nenhuma cena é mais gostosa do que o bebê relaxado, dormindo tranquilo e confortável. E nada é mais agoniante para as mães do que a interrupção deste momento de forma abrupta por um choro agudo, que não cessa. Assim são as cólicas de bebê. A constipação crônica funcional, nome técnico, se caracteriza por dores de barriga na formação de gases e dificuldade de eliminação das fezes. Começam no final da primeira semana e predominam à noite. O nome, de origem grega, quer dizer intestino grosso e a principal razão de acontecerem é basicamente fisiológica: o bebê está crescendo, seu processo digestivo está se desenvolvendo e isso, às vezes, dói
.

O bebê, que é alimentado por mamadas ao seio ou mamadeiras, pode engolir ar ao mamar
2. Esta é apenas uma das possíveis razões, que não são fáceis de identificar. Muitas vezes é a combinação de fatores que causa a cólica. Para os bebês que mamam na mamadeira, atenção à fórmula, que pode causar cólica e prisão de ventre e que deve ser trocada pelo pediatra quando necessário. Também o furo da mamadeira precisa ser adequado, nem muito grande nem pequeno para o tamanho do seu bebê.


Conhecendo as crises de cólicas

Normalmente o choro é de um bebê irritado, que aparenta estar incomodado fisicamente e movimenta muito braços e pernas, se encolhendo. A mamada pode ser interrompida abruptamente pelo bebê. O choro costuma vir na mesma hora todos os dias, é repentino e pode durar horas. Nada o consola. Além do desconhecido e desconfortável processo do corpo, o bebê não consegue dormir ou relaxar, então chora também de sono e cansaço. Para os pais, pode ser desesperador ver seu anjinho nesta agonia, por isso o conselho mais importante é manter a calma e procurar suavizar o desconforto.

Existe ainda um agravante: é impossível saber se são realmente cólicas ou apenas um estranhamento do bebê em sua nova condição fora da barriga da mãe. Por isso, além das soluções paliativas para lidar com a dor, os pais também devem estar sensíveis ao aspecto emocional. Michelle Prazeres, jornalista, 33 anos, mãe de Miguel, hoje com 8 meses, viveu a experiência quando seu bebê estava com um mês e, juntamente com seu marido, encontrou alívio para o sofrimento com um pacote de mudanças de atitude para dar mais suporte emocional ao filho. "Fizemos a leitura de que nosso filho, com as crises de cólica, nos dava o recado de que precisávamos estar mais próximos. Então buscamos uma conexão menos pragmática e mais emocional. Fizemos um curso de shantala e passamos aplicar a massagem diariamente. Na hora da troca de fraldas, buscávamos contato com o corpo do bebê e, sem pressa, interagíamos. Passamos a curtir e não mais a encarar como um serzinho que demandava de nós todo o tempo".



Como lidar com cólicas

Proximidade, calor e conforto formam o trio poderoso no alívio das cólicas. Aprenda algumas dicas de como amenizar a dor do bebê:

Proximidade: colocando o bebê no colo e pressionando levemente a barriguinha, ou apoiando a barriga no antebraço do pai ou da mãe, para aquecer e apertar a região é um método antigo e eficaz para aliviar a dor. Os carregadores de bebê, como slings, também oferecem calor e contato
.

Calor: banhos para relaxar, inclusive o de balde, que mantem o bebê mais encolhido, costumam surtir efeito calmante para cólicas. Massagens com as mãos suaves sob a barriguinha e compressas de bolsa quente de água ou de ervas (hoje em dia há as que podem ser aquecidas no microondas, super práticas) também são fontes de calor que dissipam os gases
.

Conforto: o bebê está assustado com o processo. Assim, quanto mais os pais conseguirem acolhê-lo e distraí-lo neste momento, melhor. Enrolar o bebê como um charutinho ajuda a pressionar, aquecer e confortar. O balanço do carrinho ou do moisés e a diminuição de estímulos externos podem ajudar a relaxar e fazê-lo dormir. Uma boa dica é também mudar completamente a atmosfera: se estava muito agitada, suavize, se estava muito calma, estimule, na intenção de distraí-lo.


Essas são as dicas não medicamentosas. Entretanto, é importante consultar o seu pediatra para que ele possa orientar sobre o tratamento mais adequado. 

 

Fonte: bebe.com

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