Antes que você sofra com ardor, coceira e secreção, alertamos os principais hábitos femininos que desencadeiam problemas.
Quando começa aquela coceira interminável lá embaixo, um ardor
irritante durante a transa, uma secreção leitosa na calcinha, pode
apostar: muito provavelmente você ganhou uma indesejada candidíase, a
mais comum das doenças que causam aquele corrimento anormal. Acontece
quando o fungo Candida albicans se multiplica demais. Em condições
normais, o bichinho vive na nossa vagina sem causar problemas, mas
alguns fatores colaboram para esse inquilino inofensivo se transformar
em inimigo íntimo. E na maioria das vezes, a culpa é nossa mesmo. Alguns
hábitos são prato cheio para o desequilíbrio da flora vaginal e o
aparecimento do problema.
Calça jeans apertada
Se quer se ver livre da danada da candidíase, evite: usar calças
justérrimas de segunda a segunda. O problema é que calças justas demais
elevam a temperatura lá embaixo o que aumenta o risco de você ficar com
o mal. Depois de alguns dias, a coceira e o corrimento leitoso se
instalam e começa o tormento. O jeito é procurar o ginecologista às
pressas para ele prescrever a pomada que dará fim à tortura. "Apesar de
não ser grave, a candidíase é uma urgência para a mulher, pois incomoda
demais", observa o dr. Vladimir Taborda, ginecologista do Hospital
Albert Einstein, em São Paulo.
Desarme esta armadilha: alternando o skinny com outras peças mais
arejadas, como saias e vestidos. Prefira calcinhas de algodão e reserve
as de renda para ocasiões em que ficará pouco tempo vestida.
Estresse, estresse!
Acredite: tanto stress pode provocar a candidíase recorrente. Um estudo
conduzido por pequisadores ingleses constatou que mulheres que
enfrentam uma infecção vaginal atrás da outra são mais tensas e nervosas
e têm uma probabilidade maior de entrar em depressão. "O stress crônico
debilita o sistema imunológico, que faz com que haja um desequilíbrio
na flora vaginal, e a Candida acaba se multiplicando", explica o doutor
Taborda.
Desarme esta armadilha: buscando formas de relaxar. Meditação e ioga
são indicadíssimas, mas uma caminhada no parque umas três vezes por
semana ajuda bastante. E também vale consumir iogurte natural e leite
fermentado (tipo Yakult): ajudam a equilibrar a flora vaginal.
Transar com camisinha aromatizada
Elas são ótimas para o sexo oral, mas evite-as na hora da penetração.
"As substâncias que dão sabor ao preservativo podem irritar a vagina",
explica o ginecologista José Bento de Souza, de São Paulo.
Desarme esta armadilha: delicie-se enquanto faz sexo oral em seu gato e
depois troque o preservativo por um comum. Os com lubrificação extra
ajudam a mantê-la longe de corrimentos. Como o pênis desliza melhor,
diminuem os riscos de ocorrerem lesões, dificultando a infecção.
Ficar horas com o biquíni molhado
Sendo um lugar quentinho, úmido e escuro o cenário de sonho para esse
fungo se multiplicar aos montes, você já pode imaginar o que significa
se esquecer da vida na praia ou na piscina aquecida com biquini molhado.
Desarme esta armadilha: seis horas é o período máximo recomendado pela
ginecologista Lucila Pires Evangelista, de São Paulo, para ficar com a
calcinha do biquini molhada. E jamais sente-se diretamente na areia -
ela está infestada de microorganismos que podem causar infecção vaginal.
Muitas horas com absorvente interno
Eles são perfeitos para malhar, nadar e até para dar tranquilidade na
balada. Mas atenção! Precisam ser trocados a cada duas horas, sim, mesmo
nos dias de pouco fluxo menstrual. Do contrário, o sangue ali parado
pode virar banquete para a proliferação de bactérias e desencadear uma
infecção.
Desarme esta armadilha: prometendo a si mesma que nunca dormirá com o
absorvente interno. E, além de não se esquecer de trocá-lo várias vezes
ao dia, lave muito bem as mãos antes de introduzi-lo na vagina para
evitar contaminações.
Enfrentar uma maratona sexual
Transar por muitas horas seguidas pode provocar corrimento. A mucosa
vaginal foi "projetada" para suportar 15, 20 minutos de penetração,
segundo o dr. Bento de Souza. Quando a animação extrapola esse limite,
ela fica irritada, facilitando lesões e o desequilíbrio da flora - prato
cheio para a multiplicação exagerada da Candida.
Desarme esta armadilha: dedicando bastante tempo às preliminares e
usando lubrificante na sua próxima maratona sexual. Quanto mais excitada
e molhada você ficar, menor a chance de irritar a região.
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