Estudo americano afirma que, quando tomada durante a gravidez, a vacina contra gripe protegeria tanto a mãe como o recém-nascido.
Não bastasse o rebuliço que os hormônios fazem no corpo feminino
durante a gestação, o sistema imunológico da mulher costuma baixar a
guarda nesse período. Com o escudo de defesa mais frágil, as futuras
mães são alvo fácil de vírus como o da gripe – quem está carregando o
barrigão ou já deu à luz sabe que a doença costuma aparecer com mais
freqüência durante os nove meses de gravidez.
A solução para evitar o problema é tomar, a partir do segundo trimestre
e com orientação médica, uma dose da já conhecida vacina contra o vírus
influenza, o causador da gripe. Segundo trabalho recente da Escola de
Saúde Pública Johns Hopkins, nos Estados Unidos, o imunizante sairia
melhor que a encomenda. Além de proteger a mãe, ele evitaria que o
recém-nascido fosse acometido pelo mal nos primeiros meses de vida. "Na
verdade, isso é controverso”, pondera a pediatra e infectologista Lily
Yin Weckx, da Universidade Federal de São Paulo. “Outros estudos mostram
que a vacina não apresenta nenhum efeito sobre a criança”, acrescenta.
De acordo com a especialista, o objetivo da imunização é proteger
exclusivamente a mãe.
Essa, aliás, já é uma maneira indireta de evitar que ela transmita a
gripe ao bebê após o seu nascimento. A recomendação do Ministério da
Saúde hoje é a de que o pequeno seja vacinado a partir dos 6 meses. Por
isso, nessa fase em que está mais desprotegido, o ideal é que ele não
entre em contato com o vírus.
A vacina contra gripe é feita a partir de um pedaço inativado do
microorganismo. “Ela estimula uma resposta imune, mas não chega a
provocar a doença. Assim, pode ser tomada por gestantes”, explica Lily
Weckx. É justamente o contrário dos imunizantes que afastam rubéola e
hepatite, por exemplo. Nesses casos, a picada costuma ser
contra-indicada.
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