quinta-feira, 12 de julho de 2012

Automedicação: graves riscos à saúde

Todo ano cerca de 20 mil pessoas morrem no país, vítimas da automedicação (Abifarma) Quem costuma ir à farmácia comprar um remédio para aliviar o mal-estar ou qualquer dor rotineira deve tomar cuidado para não ficar pior e ainda prejudicar a saúde. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma), todo ano cerca de 20 mil pessoas morrem no país, vítimas da automedicação. A maior incidência de problemas relacionados à prática está ligada à intoxicação e às reações de hipersensibilidade ou alergia.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 50% dos medicamentos são prescritos ou vendidos de maneira inapropriada, e tomados de forma incorreta pela maioria dos pacientes. Muito comum entre os idosos, o hábito de se automedicar representa um risco iminente à saúde. Em geral, eles já fazem o uso de medicamentos recomendados pelos médicos. Ao usar outros remédios, eles podem desestabilizar os tratamentos a que vêm sendo submetidos, assim como provocar uma intoxicação. Mas isso vale para qualquer idade.

A OMS ressalta que falta de critério no uso dos medicamentos se tornou uma preocupação para as autoridades sanitárias mundiais. No Brasil, já se tornou um hábito e atinge todas as classes sociais. O país está entre os cinco que mais consomem medicamentos no mundo, e o primeiro da América Latina.

Iniciativa
De acordo com a farmacêutica Mariana Fazio, analgésicos, antiinflamatórios e antibióticos são os medicamentos mais utilizados pela população de forma incorreta. "Podemos concluir que os remédios aparentemente inofensivos podem causar complicações", lembra.

Preocupada com a automedicação, a farmacêutica participa de um projeto chamado Remédio Certo, que tem como objetivo o desenvolvimento de campanhas educativas para uso racional de medicamentos, promovendo orientação aos usuários sobre como instituir práticas de uso seguro de medicamentos na escola, em casa e no trabalho.

Para a profissional, a promoção do uso racional de medicamentos é um desafio para a classe farmacêutica e para a saúde pública do país. "Orientação é sempre importante. Vale lembrar que em caso de dúvida sobre o tratamento, contate seu médico ou farmacêutico. Todo medicamento tem riscos e a sua utilização deve proporcionar o máximo benefício com mínimo risco", finaliza Mariana Fazio, lembrando que o uso de medicamentos deve ser sempre levado a sério.

A profissional lembra alguns cuidados básicos, que todos devem ter ao iniciar um tratamento medicamentoso:

- Os medicamentos devem ser mantidos na sua embalagem original;
- Não utilize a receita médica prescrita para outra pessoa;
- Mantenha os medicamentos longe do sol e umidade;
- Verifique o rótulo do medicamento sempre que o tomar;
- Guarde os medicamentos fora do alcance das crianças;
- Apenas tome medicamentos que estejam dentro do prazo de validade.


Fonte: SAÚTIL.com.br 

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