sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Você é uma pessoa alegre?

Complete a frase você mesma: Ser alegre é... Mas saiba que a chave para esse estado de espírito está escondida na sua cabeça.



Talvez você não saiba, mas ser alegre ou não depende basicamente de três coisas: a primeira são os seus genes, a segunda é o seu cérebro e a terceira é o modo como você trata as coisas que acontecem na sua vida.

Por que a gente é assim?
Imagine João e Maria presos em uma mesma sala. João é depressivo, sempre descontente. Maria é a mocinha capaz de ver o lado positivo das coisas em qualquer situação. Os dois olham pela janela e percebem que algumas nuvens começam a encobrir o sol. João logo pensa: "Ó dia, ó azar, vai chover bem agora que eu ia sair da sala". Enquanto isso, Maria fica feliz com mais uma tempestade para molhar os campos.
O que há de tão diferente entre os dois? João deve ter herdado de seus pais genes infernais. Os cientistas calculam que 50% da sensação de alegria está escrita neles. Para chegar a essa conclusão, costumam usar gêmeos como cobaias, crianças que cresceram na mesma casa, com os mesmos pais e valores. E com genes muito parecidos.

Gêmeos e genes
Um dos estudos clássicos para verificar quanto da alegria é genético foi feito em 2008 por cientistas da Austrália e da Noruega. Eles avaliaram 973 pares de gêmeos. Metade deles era formada por univitelinos - ou seja, tinham exatamente a mesma carga genética - e a outra metade, bivitelinos, com genes nem tão parecidos assim. Esse é o tipo de comparação que os cientistas adoram porque pode se supor que as crianças cresceram em um mesmo ambiente, com os mesmos valores familiares e que as diferenças entre elas são ditadas geneticamente.
Com o estudo, os cientistas conseguiram verificar que, no caso dos univitelinos, quando um dos irmãos era alegre, o outro também ria à toa. E, se um deles era mais carrancudo, o outro seguia a mesma tendência. No caso dos bivitelinos, essa correlação não era tão forte. Sinal de que os genes de fato ditam a tendência para ser alegre ou não.
Ainda segundo o estudo, as pessoas com a sorte de ter herdado uma personalidade sociável e pouco preocupada contam também com uma reserva de alegria que pode ser acionada em momentos de stress maior ou quando estão se recuperando de um evento triste.
 
Química na cabeça
As emoções são processadas pelo cérebro e geram mudanças, percebidas como sensações. No caso da felicidade, são sensações de prazer. Nosso cérebro abriga um sistema de recompensa que é ativado, entre outras coisas, por emoções positivas que geram a liberação de dopamina e endorfina. Esses neurotransmissores desencadeiam a sensação de prazer.
 
Tem remédio?
Não vá achando que medicamentos que agem sobre a química cerebral trazem alegria. Há antidepressivos que reduzem emoções negativas, só isso. E as drogas com efeito euforizante infelizmente ainda causam dependência.
Se as drogas não deixam as pessoas mais alegres nem trazem felicidade, diferentemente do propalado ditado anticapitalista, o dinheiro traz. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Nottingham, na Inglaterra, avaliou pessoas que ganharam no mínimo 1 milhão de libras no jogo jackpot, em sorteios realizados por uma espécie de loteria. Apenas 3% deles disseram estar mais infelizes tempos depois de receberem o prêmio. Já 44% se declararam mais felizes por poderem passar mais tempo com a família e trabalhar menos, e 26% por viverem com mais conforto. Ou seja, não é exatamente o gordo orçamento que conta, mas como isso influencia o dia a dia. Valores familiares, uma casa confortável e segurança financeira são elementos essenciais para uma vida feliz.
 
A lida do dia a dia
Para atingir a felicidade, é muito mais eficiente buscá-la por meio de um equilíbrio interior do que achar que ela reside em acontecimentos externos. Aí entra o terceiro apoio do tripé: o jeito que se leva a vida, que se junta aos genes determinantes de você ser mais ou menos alegre e à química cerebral, que regula isso tudo.
 
É onde entra a atitude
Independentemente dos genes, para ser feliz, a pessoa tem de estar aberta para isso. Quanto mais permissão você se der para desfrutar alegrias, mais chances terá de encarar os desafios com serenidade. Se você está bem psicologicamente, as pequenas alegrias podem melhorar seu humor e sua disposição de espírito para agir. Se não está bem, sofre com angústias, medo e dificilmente os fatos externos influenciam positivamente seu humor.
 
AFASTE A NUVEM PRETA

O que fazer naqueles dias em que, em vez de chover na sua horta, despencam raios na sua cabeça?
   
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Procure ficar ao lado de gente alegre. Um estudo feito nos Estados Unidos, apontou que o sentimento é “infeccioso”, se espalha para quem está ao redor. Ter um amigo alegre que more até 1 km de distância aumenta a própria alegria em 42%. Esse índice cai para 22% se o amigo morar a mais de 5 km.

· Relembre uma vivência divertida e conte a alguém.
· Dê prazer ao corpo: banho quente, massagem, um perfume suave.
· Dê um trato no visual: faça escova e as unhas. Mas evite cortes se o seu humor não está bom.
· Diante dos tropeços, tente criar um significado para o que aconteceu. Converse consigo mesma e pergunte: "E aí, o que eu tiro dessa situação?"
· Analise bem se o pensamento negativo tem fundamento. Ninguém gosta de você no trabalho? Há mesmo algum sinal forte disso? De onde você tirou a ideia de que seu namorado está saindo com a loira da academia?
· Liste seus pontos fortes e pense neles quando a nuvenzinha aparecer.
· Pratique exercícios em grupo. Pode ser vôlei ou bicicleta. É mais eficiente do que atividades individuais, como natação ou malhação na academia.
· Escolha esportes ao ar livre. Além dos hormônios do prazer liberados pelo exercício em si, a luz solar contribui para o equilíbrio da produção de serotonina pelo cérebro.
· Tome chá de gengibre ou inclua a raiz como tempero em seus pratos. Ela ajuda a aumentar a produção de serotonina.
· Outro aliado da serotonina é o chocolate, que tem triptofano e carboidrato. Mas sem exagero, porque, do contrário, os quilos a mais certamente não vão deixá-la feliz.
· Coma sementes oleaginosas. A arginina e a lisina presentes nelas melhoram a ansiedade e o stress.


Fonte: MdeMulher

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