segunda-feira, 10 de setembro de 2012

DST: um mal que você pode evitar!

É muito fácil ser mais uma vítima de uma doença sexualmente transmissível. E atenção: após férias o índice aumenta e muito! É hora de se proteger!

DST pode ser evitada Feriado deveria ser só alegria. Porém, a julgar pelas salas de espera lotadas das clínicas ginecológicas nos meses de março e abril, muitas mulheres sofrem de um trauma sexual pós-férias. "Logo que voltei de viagem, em janeiro do ano passado, senti uma coceira lá embaixo. Não dei atenção, até que começou um corrimento meio esverdeado e com um cheiro forte", conta a designer Claudia, de 27 anos. "Procurei o ginecologista e ele me pediu um exame. Resultado: eu estava com uma DST. Precisei tomar antibiótico e, segundo o médico, meu parceiro também teria de ser medicado. Aí estava o problema: eu não tinha mais contato com ele, foi apenas uma aventura de verão. Fiquei pensando em quantas outras garotas seriam contaminadas por ele.

"Apesar de não haver pesquisas que comprovem o fato, os médicos afirmam que a quantidade de pacientes com histórias parecidas com a de Claudia cresce muito logo depois das festas de final de ano, férias e Carnaval. Afinal, é uma época em que a libido está em alta, e as pessoas se deixam embalar por música, bebida e sexo, claro. "Tanto se sabe disso, que nesse período há maior divulgação sobre as doenças sexualmente transmissíveis", diz a ginecologista Lilian Takeda, de São Paulo.

O problema é que as estatísticas sobre infecções por doenças sexualmente transmissíveis não param de crescer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que ocorram anualmente uma média de 340 milhões de casos de DSTs, sem contar os portadores de HPV e herpes genital. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde (MS), o número estimado de infectados na faixa dos 15 aos 49 anos de idade é de 10 a 12 milhões de pessoas. "Acredita-se que esse tipo de doença seja mais comum entre os jovens pelo maior número de parceiros que eles têm", afirma o ginecologista Valdir Pinto, chefe da unidade de DST do Programa de DST e Aids do Ministério da Saúde.

Uma das grandes preocupações dos especialistas é o fato de que a maioria das doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia e HPV (vírus papiloma humano), pode comprometer para sempre a saúde de uma mulher. As DSTs são responsáveis ainda por aumentar os riscos de infecção pelo HIV.

Veja aqui o guia de NOVA para um sexo seguro nas férias e sempre:

Vacine-se contra a hepatite B, doença com mais chances de transmissão sexual que a aids, segundo os médicos. E, se você tem até 26 anos e nunca foi infectada pelo HPV, pode tomar a vacina, recém-aprovada no Brasil, contra a doença. Apesar de ser mais indicada para quem ainda não iniciou a vida sexual, acredita-se que ela também ajuda quem nunca teve contato com o vírus.

Use preservativos sim ou sim. "Ele é a melhor proteção contra as DSTs", afirma a ginecologista Eliana Amaral, diretora do departamento de obstetrícia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Entretanto, há alguns vírus que podem estar em uma região que a camisinha não cobre, como o saco escrotal. É o caso do HPV, que atinge de 20 a 30% da população jovem", alerta. Por isso a importância de fazer exames periódicos.
Observe o seu corpo. Verifique o surgimento de sinais estranhos. "Qualquer cheiro ou corrimento diferente, lesão na pele ou na vagina (verruga, ferida, vermelhidão) podem ser sinais de doença", explica a dra. Eliana. "Se esperar para ver se essa alteração passa com o tempo - e isso realmente acontece -, o diagnóstico fica mais difícil." Um exemplo disso é a sífilis: no primeiro estágio ela provoca uma ferida, que seca em alguns dias. Se a pessoa não for ao médico, apesar de o sintoma ter sumido, a doença continua lá e pode avançar para estágios mais graves, provocando danos ao coração.

De olho nas DSTs: a maioria das doenças sexualmente transmissíveis não dá sinais evidentes de contaminação. Mas há casos em que o corpo não se manifesta. Fique atenta.
 
Clamídia

CONTÁGIO - Contato com o sêmen ou durante relação sexual vaginal ou anal.

SINTOMAS - Em de 50 a 70% dos casos não há sintomas. Mas pode ocorrer secreção anormal (corrimento), dor na região pélvica e febre.

EXAME - Laboratorial com material colhido pelo médico em consultório.

CONSEQUÊNCIAS - Aumenta em 4,5 vezes o risco de infecção por HIV. Provoca, ainda, 
infertilidade por doença inflamatória  pélvica e gravidez tubária.

TRATAMENTO - Antibióticos.
 
Tricomoníase

CONTÁGIO - Contato com o sêmen ou durante relação sexual vaginal.

SINTOMAS - Secreção amarelo esverdeada, com odor ruim, coceira ou queimação.

EXAME - Laboratorial com material colhido pelo médico em consultório.

CONSEQUÊNCIAS - Causa complicações durante a gravidez e aumenta o risco de contrair HIV.

TRATAMENTO - Antibióticos.
 
Gonorreia

CONTÁGIO - Contato com o sêmen ou durante relação sexual vaginal.

SINTOMAS - Secreção vaginal esverdeada ou amarelada, sangramento ou dor pélvica.

EXAME - Laboratorial com material colhido pelo médico em consultório.

CONSEQUÊNCIAS - Infertilidade por doença inflamatória pélvica, gravidez tubária, obstrução das trompas e aumento em 4,7 vezes o risco de contrair HIV.

TRATAMENTO - Antibióticos.
 
HPV (VÍRUS Papiloma Humano)

CONTÁGIO - Por relação sexual vaginal ou anal e pelo contato da mucosa com os genitais 
contaminados.

SINTOMAS - Nem sempre há sintomas, mas podem aparecer verrugas na vagina e/ou no ânus, coceiras, lesões e corrimentos repetidos que não melhoram.

EXAME - Pelo papanicolau, que detecta alterações nas células.

CONSEQUÊNCIAS - Aumento do risco de câncer de colo de útero e de passar para o bebê na gravidez.

TRATAMENTO - Remédios e cauterização das verrugas. Quem ainda não tem o vírus pode tomar a vacina.
 
Herpes Genital

CONTÁGIO - Se o vírus estiver ativo, pela pele durante contato dos genitais durante o sexo 
vaginal, anal ou oral.

SINTOMAS - Pequenas bolhas vermelhas dentro ou em volta da vagina e dor local.

EXAME - Laboratorial com material colhido pelo médico em consultório.

CONSEQUÊNCIAS - Aumenta em 3,3 vezes o risco de infecção por HIV e durante a gravidez pode passar para o bebê, causando graves complicações.

TRATAMENTO - O vírus fica no organismo, mesmo inativo. Há remédios para controlar a doença e a dor.
 
Sífilis
CONTÁGIO - Durante relação sexual vaginal, anal ou oral. Ou por feridas abertas ou com sangue infectado.

SINTOMAS - Normalmente não há sintomas, mas em alguns casos surgem feridas nos genitais ou na boca, que somem depois de algumas semanas. Mas a pessoa não está curada.

EXAME - Exame de sangue. Quando há lesões, o material é encaminhado para análise.

CONSEQUÊNCIAS - Aumenta o risco de infecção por HIV. Quando se agrava durante a gravidez, chega a matar 70% dos fetos, além de crescerem os riscos de aborto e infecção congênita do feto. Pode haver danos cerebrais e cardíacos.

TRATAMENTO - Se for diagnosticada no início, pode ser tratada com antibióticos acessíveis.


Fonte: MdeMulher

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