Nove tratamentos modernos e promissores para combater essas marcas tão indesejadas que são heranças da gravidez
As estrias são um verdadeiro pesadelo na vida das mulheres. Elas surgem
devido ao estiramento e quebra das fibras de colágeno e elastina que
sustentam a pele. “Elas aparecem como linhas vermelhas, que anunciam o
início de um processo inflamatório. Com o tempo, a inflamação regride
espontaneamente e o corpo produz um colágeno mais espesso para
cicatrizar o trauma. Aí as linhas se tornam brancas e podem ficar mais
largas, com uma aparência enrugada, principalmente em locais de tração
da pele”, diz a dermatologista Cristine Carvalho, diretora do Centro de
Dermatologia e Estética, em São Paulo.
Por que o problema dá as caras durante a gestação
A gravidez é um período de risco para o surgimento das estrias. Com o
aumento brusco de peso, a pele estica rapidamente, lesando as fibras de
colágeno e elastina, principalmente nas partes do corpo que mais incham
nessa fase, como abdômen, mamas, costas, glúteos e parte interior das
coxas. “A alteração dos hormônios sexuais neste período, como estrógeno e
progesterona, também podem provocar lesões nas fibras”, informa
Cristine Carvalho.
O melhor remédio é a prevenção
“A hidratação com cremes densos e óleos é uma boa medida para evitar o
aparecimento das estrias”, garante a dermatologista Adriana Vilarinho,
de São Paulo. “Doses caprichadas de cremesà base de semente de uva,
uréia, colágeno e elastina ajudam a manter a integridade da pele”,
ensina a dermatologista Karla Assed, do Rio de Janeiro. Controlar o
peso por meio de uma dieta equilibrada, para que novas fibras não se
rompam, é outra excelente estratégia.
Tratamentos úteis e eficazes
Apesar de ser um problema de difícil solução, combater as estrias não é
uma batalha perdida. “As recentes, ou seja, as vermelhas são tratáveis,
com lasers de diversos tipos, peelings e cremes contendo ácidos. Já as
brancas ou antigas conseguem ser melhoradas, tornando-se quase
imperceptíveis”, tranquiliza Karla Assed. Os tratamentos são feitos em
combinações, nunca isoladamente, para que os efeitos terapêuticos e a
melhora no aspecto das estrias sejam mais efetivos. “Assim, um resultado
se soma a outro e, no final, temos uma melhora significativa das
lesões”, justifica Adriana Vilarinho.
A associação ideal para cada caso deve ser definida pelo
dermatologista, de acordo com o tipo de pele da paciente. Atenção: evite
a exposição ao sol durante a realização dos procedimentos.
Para dar cabo do problema no pós-parto
Tratamento: Laser CO2 fracionado
Como é realizado o procedimento: aplica-se anestésico
local, 40 minutos antes, na área que será tratada. Na sequência, é
aplicado o laser CO2 fracionado. O infravermelho cria um processo
inflamatório local que estimula a formação de elastina e colágeno,
promovendo a renovação da pele.
Tempo de cada sessão: depende da quantidade de estrias, mas em geral leva uma hora.
Número mínimo de sessões para obter resultado: três sessões, feitas mensalmente.
Nível de dor: nenhum.
No dia seguinte: eritema e pouco edema (inchaço),
depois a pele apresenta pontos marrons-escuros e com crostas finas, que
desaparecem em uma semana.
Contraindicação: gravidez, diabetes, doenças autoimunes, sensibilidade a luz, pele bronzeada.
Resultados: em média, 70% de melhora.
Quanto tempo após o parto a paciente pode começar a fazer este tratamento? Assim que estiver totalmente restabelecida.
Tratamento: Fraxel
Como é realizado o procedimento: aplica-se creme
anestésico tópico e um gel, que ajuda no uso do aparelho. O fraxel
estimula a formação de colágeno, atenuando estrias antigas e recentes,
que ficam mais finas e superficiais. Ele lança um jato de laser que
atinge a pele, deixando parte dela ferida e parte dela intacta. A área
intacta estimula a cicatrização mais acelerada e a renovação da pele.
Tempo de cada sessão: em torno de uma hora.
Número mínimo de sessões: quatro (uma vez por mês).
Nível de dor: é bem tolerado, sob anestesia tópica.
No dia seguinte: pode ocorrer eritema (vermelhidão).
Contraindicação: não pode ser feito em pacientes bronzeadas.
Resultados: suavização das estrias e afinamento.
Quanto tempo após o parto a paciente pode começar a fazer este tratamento? depende de cada caso e da localização das estrias.
Tratamento: Dermaroller
Como é realizado o procedimento: aplica-se um
anestésico em creme por um período de 30 a 45 minutos. Na sequência,
após a assepsia, entra em cena o aparelho. Trata-se de um rolo em
formato de um cilindro, com agulhas de 1,5 mm de profundidade, super
fininhas, por toda a sua extensão. Existem três tipos de aparelho:
elétrico, a pilha e outro manual. Ele deve ser deslizado em várias
direções sobre a parte afetada, causando microperfurações na região. Ao
se contrair, durante a cicatrização, a pele ganha um aspecto mais liso e
semelhante às áreas íntegras ao seu redor. Neste processo, há também
elevação da pele (que fica deprimida quando há estria). Além disso,
devido ao rompimento provocado pelas agulhas, as células da epiderme,
das fibras elásticas e de colágeno se regeneram e, por migração, passam a
ocupar o local anteriormente ocupado por uma estria, ou seja, a região
se refaz, aos poucos.
Tempo de cada sessão: 20 a 30 minutos, quinzenalmente.
Número mínimo de sessões: após quatro a seis sessões, já se observa bastante melhora.
Nível de dor: é bem doloroso, mas suportável.
No dia seguinte: a região fica escoriada (machucada), mas volta ao normal em uma semana.
Contraindicação: se houver infecções presentes na pele (herpes, foliculite, por exemplo) não se deve realizar o procedimento.
Resultados: melhora do aspecto estético, menos flacidez, mais tônus, melhor hidratação e estrias menos aparentes.
Quanto tempo após o parto a paciente pode começar a fazer este tratamento?
“O ideal é iniciar o tratamento quando o abdômen ainda está distendido,
porque, nessa condição, os resultados são melhores”, diz a
dermatologista Andrea Godoy, de São Paulo. “No tratamento com o
Dermaroller, não são usados produtos químicos durante a sua realização,
portanto, não interfere na amamentação nem provoca alergia”, destaca a
médica.
Tratamento: Preenchimento com acido hialurônico
Como é realizado o procedimento: o produto é injetado por toda a extensão da estria.
Tempo de cada sessão: depende da quantidade de estrias.
Número mínimo de sessões: uma.
Nível de dor: tolerável.
No dia seguinte: normal.
Contraindicação: não é indicado para pacientes com muitas lesões, pois o custo do tratamento acaba sendo proibitivo.
Resultados: melhora o aspecto estético de estrias muito deprimidas.
Quanto tempo após o parto a paciente pode começar a fazer este tratamento? Imediatamente.
Tratamento: Intradermoterapia
Como é realizado o procedimento: com aplicações de
vários ativos, como vitamina C, colágeno, silício, ácido hialurônico no
interior das estrias para estimular a produção de novas fibras.
Tempo de cada sessão: cerca de 30 minutos.
Número mínimo de sessões: em média dez, semanalmente.
Nível de dor: suportável, com uso de anestésico local, quando necessário.
No dia seguinte: algumas crostas (das picadas) e hematomas podem durar até sete dias.
Contraindicação: gravidez, amamentação, alergias e diabetes mellitus.
Resultados: em torno de 50 a 70% de melhora, podendo
chegar a 100%, dependendo do tempo de evolução da estria (quanto mais
recente, menor destruição das fibras e melhor resultado).
Quanto tempo após o parto a paciente pode começar a fazer este tratamento? Assim que parar de amamentar.
Tratamento: Luz intensa pulsada / laser de erbium- starlux artisan
Como é realizado o procedimento: aplicação de um
aparelho que se parece com um laser, mas é uma luz pulsada com
penetração profunda na pele, provocando a estimulação de novo colágeno.
Tempo de cada sessão: depende da quantidade de estrias, geralmente 30 minutos, após anestésico tópico.
Número mínimo de sessões: três (uma por mês).
Nível de dor: nenhum.
No dia seguinte: eritema e leve edema, pode ter prurido e descamar um pouco.
Contraindicação: gravidez, diabetes, doenças autoimunes, fotossensibilidades, paciente de pele escura ou bronzeada.
Resultados: no mínimo 60% de melhora, dependendo do estágio de evolução das estrias.
Quanto tempo após o parto a paciente pode começar a fazer este tratamento: assim que estiver totalmente restabelecida.
Tratamento: Carboxiterapia
Como é realizado o procedimento: introduz-se gás
carbônico, bem superficialmente, dentro de cada uma das estrias, com
agulha curta e fina. A técnica causa elevação da região deprimida,
melhora circulação sanguinea e promove a migração de substancias
inflamatórias.
Tempo de cada sessão: até 20 minutos.
Número mínimo de sessões: seis a dez.
Nível de dor: é dolorido, porém tolerável.
No dia seguinte: praticamente normal.
Contraindicação: infecções de pele.
Resultados: pode-se obter uma boa melhoria, quando a técnica é associada a outros tratamentos.
Quanto tempo após o parto a paciente pode começar a fazer este tratamento? Imediatamente
Tratamento: Subcisão
Como é realizado o procedimento: sob anestesia local, é
introduzida uma agulha própria por toda a extensão da estria, na
intenção de elevá-la e promover a cicatrização local e a organização do
tecido.
Tempo de cada sessão: depende da quantidade de estrias
Número mínimo de sessões: depende da quantidade de estrias
Nível de dor: alto, porém é minimizado pela anestesia local, que é praticada em 100% das vezes.
No dia seguinte: hematoma e dor local.
Contraindicação: gestantes, pacientes com tendência a quelóides e infecções locais de pele e para quem tem muitas estrias.
Resultados obtidos: razoáveis.
Quanto tempo após o parto a paciente pode começar a fazer este tratamento? Imediatamente.
Tratamento: Peeling de cristal com peeling químico
Como é realizado o procedimento: o peeling de cristal é aplicado por
toda a área com estrias, causando uma escoriação; em seguida, aplica-se
um ácido no local (peeling químico) e cobre-se a área por um período de 2
a 6 horas.
Tempo de cada sessão: 20 a 30 minutos.
Número mínimo de sessões: oito a dez.
Nível de dor: baixo. Incomoda um pouco, mas não precisa nem de creme anestésico.
No dia seguinte: a área fica escoriada, vermelha e discretamente inchada.
Contraindicação: Gravidez e amamentação.
Resultados: são discretos, mas se as estrias forem em pequena quantidade, finas ou avermelhadas, os resultados serão bem satisfatórios.
Quanto tempo após o parto a paciente pode começar a fazer este tratamento? No mínimo seis meses. Depende do tempo que a mulher decidir amamentar.
Elas afetam 90% das grávidas, deixando cicatrizes eternas nas mamas, no
abdômen, nas coxas, nas nádegas e nos quadris. Por isso, é importante
iniciar a prevenção bem cedo
Muitas candidatas à mamãe se apavoram só em pensar nas marcas de
coloração branca que se instalam em definitivo no corpo ao longo da
gestação. "Essas vilãs nada mais são do que cicatrizes provocadas pelo
aumento da massa corporal", explica Luciana Conrado, dermatologista da
Sociedade Brasileira de Dermatologia, em São Paulo. "Sem falar nas
alterações hormonais que ocorrem nessa fase."
O primeiro passo para proteger sua pele das estrias é saber como elas
se formam. O tecido que reveste o corpo é composto de camadas conhecidas
como epiderme e derme. É na derme, a mais profunda delas, que se
localizam as fibras de elastina e colágeno, responsáveis por toda a
firmeza. Em algumas gestantes, as fibras não acompanham o aumento do
volume corporal. Daí, elas se rompem (veja o infográfico). Esse processo
se reflete na pele. São as estrias dando as caras. "As avermelhadas são
as mais recentes e têm essa cor porque ainda estão inflamadas", ensina
Conrado. Nesse caso, ainda dá para apagar as marcas da gestação. As
esbranquiçadas, por outro lado, não têm cura, mas podem ser amenizadas.
O melhor mesmo é prevenir. "Assim, evite o efeito sanfona, beba
bastante água para manter o corpo bem hidratado, deixe o estresse de
lado e capriche nos alimentos ricos em vitamina C, que estimula a
produção de colágeno e proteínas", aconselha Maria Regina, terapeuta
estética do Rio de Janeiro. Cremes hidratantes também são aliados
bastante eficazes nessa batalha. Isso porque possuem substâncias que
contribuem para a regeneração da pele.
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