terça-feira, 16 de outubro de 2012

Teste do Pézinho

Triagem Neonatal. No Brasil é um exame gratuito e obrigatório por lei. O Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) foi criado pela Portaria GM/MS nº822, em 6 de junho de 2001.

Realiza-se o Teste do Pézinho das primeiras 48 horas até 7º dia de vida da criança. Antes de 48 horas de vida, o teste pode sofrer influência do metabolismo da mãe e o resultado pode levar até um mês.


O exame detecta precocemente doenças metabólicas, genéticas e ou infeciosas que podem causar alterações no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê. A maioria das doenças pesquisadas podem ser tratadas, desde que diagnosticadas antes mesmo do aparecimento dos primeiros sintomas, um a forma de garantir a qualidade de vida à criança.


O Programa de triagem neonatal teve início em 1961, com o médico e pesquisador Robert Guthrie que desenvolveu a técnica de coletar sangue em papel filtro para detecção das concentrações de fenilalanina. Em 1963, após várias tentativas do Dr. Guthrie e de seus colaboradores para convencer a comunidade científica da viabilidade do rastreamento para fenilcetonúria. No Brasil, o teste foi introduzido em 1973 pelo Dr. Benjamin José Schimidt, pediatra e um dos criadores da na APAE.


A Organização Mundial de Saúde (OMS) incentiva há 5 décadas a importância da realização dos programas de triagem neonatal, especialmente nos países em desenvolvimento, além de criar critérios para realização, pois quando um programa de triagem já está estabelecido em toda a sua estrutura e logística, não existe custo elevado para a inclusão de outros testes ao protocolo, considerando-se a importância preventiva da doença a ser tratada.


UM FURINHO NO CALCANHAR DO BEBÊ

O teste é simples e realizado através de um furinho no calcanhar do recém nascido. O calcanhar é uma região rica em vasos sangüineos, por isso, basta um pequeno furo para retirar algumas gotinhas que são colhidas em um papel filtro e são analisadas. O furo é quase indolor, porém, o bebê não conhece a sensação de dor e pode chorar. Então, atenção, mamãe: ele não machuca o seu bebê, nem é a impressão em tinta da sola dos pés que é anexada aos documentos de identificação do bebê na maternidade. (Muita gente confunde.)

Feita a coleta, os testes gratuitos oferecidos pelos SUS identificam 4 doenças:


- fenilcetonúria;

- hipotireoidismo congênito;
- anemia falciforme; e
- fibrose cística.

Nas maternidades e hospitais particulares pode-se chegar a análise de mais de 30 tipos de doenças antes que as mesmas se manifestem, entretanto, esta que é nomeada a versão nova do teste é um recurso sofisticado e bastante caro, não disponível na rede pública. O bebê pode realizar o Teste do Pézinho na própria maternidade ou em postos de saúde.


AFINAL, QUE DOENÇAS O TESTE OBRIGATÓRIO E GRATUITO DIAGNOSTICA?

Fenilcetonúria

Trata-se de uma doença genética que é caracterizada pela carência ou a ausência de uma enzima ligada ao metabolismo do aminoácido fenilalanina, presente na proteína de alimentos tais como o leite, a cerne e os ovos.

Quando a enzima não exerce a sua função, pode gerar um acúmulo no corpo da criança que pode levar a graves lesões no sistema nervoso Central e comprometer o desenvolvimento neurológico da criança.


Hipotireoidismo Congênito

É a baixa produção dos hormônios da tireoide (essencial para o desenvolvimento e, principalmente do Sistema Nervoso). A carência desses hormônios pode causar muitos agravantes, incluindo retardo e comprometimento do desenvolvimento físico.

Anemia Falciforme 

Esta doença é hereditária e faz parte das "hemoglobinopatias" que são doenças causadas por anormalidades na estrutura molecular ou na produção da hemoglobina “S”. Crianças com hemoglobina anormal são mais propensas à anemia e infecções.

Existem várias formas de anemia falciforme (hemoglobina é uma metaloproteína que contém ferro presente nos glóbulos vermelhos e que permite o transporte do oxigênio pelo sistema circulatório).


Fibrose Cística

Esta doença genética é também chamada mucoviscidose. Sua característica é a deficiência do transporte do cloro e do sódio para as membranas celulares, levando à produção de um muco grosso e pegajoso que pode provocar entupimento nos pulmões, causando dificuldades respiratórias e facilitando a proliferação de bactérias. O suor apresenta altas concentrações de sódio e cloro, e há insuficiência no pâncreas, que afeta a digestão.

CONVERSE COM O PEDIATRA

É importante conversar com o pediatra da maternidade sobre o Teste do Pézinho para que ele oriente os pais a respeito da realização do teste ampliado realizado em hospitais, clínicas e laboratórios particulares, teste que pode investigar sobre outras doenças.

O médico irá analisar o histórico familiar da criança, as condições durante a gestação e indicar o melhor para o seu bebê. É importante que os pais tenham em mente que maternidades e hospitais geralmente não dão alta aos bebês antes de 48 horas do nascimento, justamente para realizar o teste pode ser feito automaticamente. PERGUNTE se o exame foi feito e quando pode retirar o resultado. Não se preocupe se tiver que repetir o exame, pois o TESTE DO PÉZINHO exige repetição se for realizado antes de 48 h de vida.


Um resultado normal, mesmo o ampliado, não afasta a possibilidade de outras doenças neurológicas, genéticas e adquiridas. Não diagnostica a Síndrome de Down ou a Síndrome de Asperger, por exemplo.


NA VERSÃO NOVA DO TESTE

Como já foi dito, a nova versão do teste pode diagnosticar precocemente mais de 30 doenças como a Toxoplasmose congênita, a Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), a Deficiência de biotinidase, Galactosemia, Hiperplasia adrenal congênita e também incluir doenças como a Aids, doença de Chagas, rubéola, sífilis e citomegalovirose.

TESTE DO PÉZINHO:
apenas um furinho e gotas que podem antecipar tratamentos e a saúde futura da criança.

A maioria das doenças detectáveis no exame é assintomática quando o bebê é recém-nascido, e já sabendo o diagnóstico será mais fácil adotar o melhor tratamento e prevenir sequelas e sintomas.


Não deixe de buscar o resultado:  é um direito do bebê!


Fonte: Help saúde 

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