O primeiro banho, o corte das unhas, a troca de
fralda...Cada tarefa dessas gera uma série de dúvidas entre os pais de
primeira viagem. Reunimos orientações essenciais de especialistas sobre
os produtos ideais e a maneira correta de manter a higiene do pequeno.
Banho sem drama
Esse momento sempre deixa os pais de primeira viagem apreensivos e
cheios de dúvidas quanto à quantidade de banhos diária, os produtos de
higiene ideais, dentre outras questões. Não há motivo para tamanha
insegurança. Basta ficar atento a algumas orientações básicas. Um banho
por dia é pra lá de suficiente. Mais do que isso, é puro exagero e pode
deixar a pele da criança suscetível a ressecamento e irritações. "Antes
de mais nada, teste a temperatura da água com o dorso da mão para evitar
queimaduras", ensina o pediatra Antônio Carlos Madeira, do Departamento
Científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, no Rio
de Janeiro. Vale ressaltar que o aquecimento excessivo também resseca a
pele. Outra dica é não aplicar diretamente o sabonete, que pode ser
líquido ou em barra. Passe-o em suas mãos e deslize-as sobre o corpo do
pequeno. Isso evita o uso abusivo do produto, reduzindo o risco de uma
irritação. O banho não deve durar muito tempo, só o suficiente para
higienizar o corpo e o cabelo da criança. Leia, a seguir, as
recomendações sobre como escolher o sabonete e o xampu adequados.
Sabonete ideal
O produto deve ser o mais neutro possível, pois
o pH próximo ao da pele ajuda a evitar ressecamento e irritações.
"Procure optar por fórmulas infantis, que são hipoalergênicas e,
portanto, menos agressivas à cutis dos pequenos", afirma o pediatra
Antônio Carlos Madeira, do Departamento Científico de Dermatologia da
Sociedade Brasileira de Pediatria, no Rio de Janeiro. Sabonetes de
glicerina neutros também são bem-vindos.
Acerte no xampu
A primeira regra é analisar as opções, conferindo no rótulo se o
xampu é neutro e hipoalergênico, ou seja, apresenta baixo potencial
alergênico. "Os produtos classificados como infantis são avalizados pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que é uma garantia
de que foram formulados para atender a todas as necessidades e
respeitar as restrições dos pequenos", garante a dermatologista Denise
Steiner, de São Paulo. Eles ainda têm a vantagem de não provocar
ardência nos olhos. Por todas essas razões, são as melhores opções.
Passe longe dos xampus muito perfumados ou cheios de conservantes.
Bebê livre de crostinhas
Sabe aquelas placas de óleo que aparecem grudadas no couro
cabeludo dos bebês e exalam um odor de gordura? O nome técnico é
dermatite seborréica e acomete, principalmente, as crianças de até
quatro meses de vida. "Nessa fase, o organismo do recém-nascido ainda
acumula hormônio da mãe, especialmente a progesterona, que estimula a
produção de oleosidade pelas glândulas sebáceas", explica a
dermatologista Meire Brasil, da Universidade Federal de São Paulo. O
problema, em si, não acarreta nenhum dano grave à criança. "No entanto, o
acúmulo de gordura favorece a ocorrência de infecções", avisa a
dermatologista Denise Steiner, de São Paulo. À medida que os hormônios
são eliminados, essas placas tendem a diminuir. Para removê-las, é
preciso ter muita delicadeza. Utilize um pente fino e água morna ou
óleos especiais para crianças.
Hidratação para cada fase
Fralda seca, bebê limpinho
Lenços umedecidos
Unhas em ordem
Antes e o filhote completar 2 anos de idade, o momento de cortar as
unhas é sempre uma tensão para as mães, que se apavoram diante dos
dedinhos delicados. Não é para menos. "A unha dos pequenos é mais mole,
semelhante a uma pele endurecida", justifica a dermatologista Denise
Steiner, de São Paulo. "Por isso, são necessários alguns cuidados para
prevenir ferimentos ou inflamações." Antes de tudo, lave bem as mãos -
as suas e as da criança - com água morna e sabonete. Use uma tesoura ou
um cortador infantil. Fique de olho para não se confundir e ferir a
pele. Procure realizar um corte mais reto, sem cutucar os cantos, que
tendem a inflamar com facilidade. O ideal, nessa idade, é repetir o
procedimento semanalmente para evitar que a criança se arranhe. Já as
unhas dos pés podem ser aparadas uma ou duas vezes por mês.
Já os maiorzinhos tiram de letra o momento de cortar as unhas. Após os
2 anos, elas endurecem e ficam mais espessas, o que as torna menos
frágeis, facilitando o processo de corte. Não há segredo. Basta usar um
cortador ou uma tesoura infantil e apará-las, para que fiquem rentes aos
dedos. Evite cutucar os cantos e faça um corte mais reto. Não há regras
sobre a frequência com que se deve repetir o processo. Mas vale lembrar
que unhas compridas favorecem o acúmulo de sujeira, um prato cheio para
as bactérias.
Protegido do sol
Até os seis meses de idade, não é recomendável o uso de protetor
solar, pois a criança pode desenvolver alguma alergia ou irritação.
Assim, a saída é mantê-la bem longe dos raios solares. A única exceção
fica por conta dos banhos de Sol para a ativação da vitamina D. "De
qualquer maneira, em ambientes ao ar livre, vale lançar mão de
acessórios como bonés e camisetas ou, então, escolher um local com
sombra", aconselha o pediatra Antônio Carlos Madeira, do Departamento
Científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, no Rio
de Janeiro. Após completar o primeiro semestre de vida, a pele do bebê
já está apta a receber protetor solar. "Escolha produtos
hipoalergênicos, infantis e com fator de proteção maior ou igual a 20"
ensina a pediatra Andréa Makssoudian, do Hospital e Maternidade São
Luiz, em São Paulo. Passe o produto a cada duas horas. "Fique atento se a
criança está transpirando ou se permanece muito tempo na água. Nesses
casos, repita a aplicação quantas vezes for necessário", recomenda. Na
dúvida, é melhor pecar pelo excesso. O produto deve ser espalhado em
todas as áreas do corpo que estiverem expostas ao Sol.
Fonte: bebe.com
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