terça-feira, 31 de julho de 2012

A melhor vitamina E está no prato

Ela protege ou não contra o câncer? Segundo uma pesquisa recente, o nutriente é parceiro. Mas só quando vem dos alimentos.

Vira e mexe a substância agita o universo científico. Enquanto alguns estudos afirmam que ela é capaz de reduzir o risco de desenvolvimento de câncer, outros trabalhos mostram o oposto, ou seja, que a vitamina E não proporciona tal benefício. E pior: até estimularia a proliferação de células cancerosas. Agora, uma nova pesquisa publicada na revista científica Cancer Prevention Research reacende o debate, sugerindo uma explicação para dados tão contraditórios. De acordo com os cientistas da Rutgers - The State University of New Jersey, nos Estados Unidos, duas formas de vitamina E, chamadas gama e delta-tocoferol, teriam ação protetora. Encontradas em alimentos como soja, óleo de canola, milho e nozes, elas evitaram a formação e o crescimento dos tumores de cólon, mama, próstata e pulmão em cobaias.

Na contramão estaria a versão alfa-tocoferol, geralmente usada como ingrediente dos suplementos. Essa, sim, afirmam os pesquisadores, não mostrou serventia nenhuma para a saúde. Isso explicaria por que um estudo denominado Select - que acompanhou mais de 35 mil homens nos Estados Unidos, no Canadá e em Porto Rico por aproximadamente cinco anos - chegou a evidenciar um aumento na ocorrência de câncer de próstata entre os indivíduos que consumiam a vitamina E encapsulada. "Vale ressaltar que, nessa análise, a dose diária foi muito maior do que a recomendada", observa Thomas Ong, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP).

Deve-se levar em conta também que as pessoas não têm genes idênticos nem cultivam os mesmos hábitos. "Portanto, é preciso cautela antes de culpar os suplementos pelo surgimento da doença", defende Elaine Cristina Pinto Moreschi, professora de bromatologia das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), na capital paulista - essa ciência estuda integralmente os alimentos. De qualquer forma, a conclusão dos cientistas de Rutgers aponta para um caminho indiscutivelmente seguro e eficiente: a vitamina tem de vir de uma dieta equilibrada. "Os autores conseguiram demonstrar que o nutriente originário de alimentos como os óleos vegetais têm ação preventiva contra o câncer. Dessa forma, a suplementação deixaria de ser tão necessária", reflete a especialista. Ao recorrer às cápsulas, convém destacar, o organismo fica exposto aos efeitos de apenas um composto, o que em longo prazo pode não ser tão benéfico como o esperado.

Diferentes facetas

O curioso fato de que é possível encontrar mais de um tipo de vitamina E - só para constar, são oito versões - é outro ponto que merece atenção em meio ao bafafá. "As estruturas químicas apresentam pequenas variações e, por isso, elas acabam agindo de formas tão distintas. Sem contar que há particularidades em relação ao funcionamento de cada tipo no organismo", informa Ong. "Trata-se de um importante aspecto a ser considerado ao estudar a relação entre o nutriente, seus ganhos e ameaças à saúde."

Segundo Eliana Vellozo, pesquisadora em deficiência de micronutrientes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), uma coisa é certa: a carência de vitamina E no organismo é muito rara. "Só acontece na presença de determinadas anormalidades genéticas ou quando o indivíduo tem dificuldade em absorver gordura", informa. Para ter ideia, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, um adulto precisa de aproximadamente 10 miligramas do nutriente por dia para viver bem. "Uma alimentação balanceada, com óleos vegetais, nozes, legumes, oleaginosas e carnes, já é capaz de suprir a quantidade de consumo recomendada", garante Elaine. Mais um motivo para pensar duas vezes antes de se entupir de suplementos.

Cápsulas na dose certa Em algumas situações, os suplementos de vitamina E - substância com ação antioxidante - podem ser bem-vindos à rotina. "Muitos idosos têm problemas para absorver nutrientes", exemplifica Elaine Moreschi, professora de bromatologia da FMU. Aí, o mais adequado é ser acompanhado por um médico ou nutricionista. "Dessa forma, dá para ajustar tanto a dose como a frequência de ingestão", informa.


Fonte: revista saúde. editora abril 

Quanto deve pesar a mochila escolar?

Para evitar problemas futuros, o acessório deve comportar no máximo o equivalente a 10% do peso da criança.

Um projeto de lei que define a quantidade de material que deve ser carregada nesse acessório está sendo analisado pelo Senado brasileiro. Mas, com ou sem lei, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, a Sbot, recomenda que tudo aquilo que é transportado nas costas não passe de 10% do peso corporal do pequeno. Caso a lei entre em vigor, é difícil imaginar como a fiscalização ocorreria, por isso o cuidado ainda recai sobre os pais. "Eles devem, inclusive, participar da escolha da mochila, com alças largas e acolchoadas e vários compartimentos, para uma melhor distribuição do peso", aconselha o ortopedista Miguel Akkari, da Sbot. As malas de rodinha são outra opção, mas, se a escola for cheia de escadas, melhor ficar com a mochila mesmo.

O que e como carregar

Peso Se seu filho tem 40 quilos, por exemplo, o material que leva nas costas não deveria passar de 4.

Distância Se a criança vai para a escola caminhando, tente diminuir ainda mais o peso.

Posição A mochila deve ficar encostada sempre na altura da lombar.

Fonte: revista saúde, editora abril 

Informativo mês de AGOSTO


Consulte sempre seu médico, pois ele é a pessoa mais indicada para responder a todas as suas dúvidas.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Corte 100 calorias por dia e comece a emagrecer

Grandes renúncias à mesa, não. Pequenas reduções calóricas, sim. Essa é a receita que leva à tão sonhada perda de peso. Agora, se você ingerir 100 calorias a mais diariamente, vai ganhar de 4 a 5 quilos em um ano. Péssimo, não é? Então, trate de seguir as recomendações da nutricionista Vanessa Franzen Leite, da Clínica Emagrecimento, Beleza e Saúde, em Porto Alegre.


1. Antes de almoçar, coma uma fruta. Uma pesquisa da Pennsylvania State University, nos Estados Unidos, revelou que quem opta por uma maçã 15 minutos antes de uma refeição chega a economizar até 187 calorias.

2. Escolha uma sopa de vegetais como entrada. Pesquisadores comprovaram que essa medida reduz o valor calórico do prato seguinte em até 130 calorias. Não valem sopas e caldos ricos em sódio, batata, creme de leite e queijo.

3. Petisque algo doce e leve. Adora um sorvete com calda? Prefira uma taça pequena de salada de frutas (oito colheres de sopa bem rasas) com uma bola de sorvete light sem açúcar. Você poupa até 240 calorias.

4. Uma fatia fina (40 g) de um bolo simples de cenoura, fubá e até mesmo chocolate, sem recheio ou cobertura, representa 257 a menos, na comparação com o mesmo pedaço do doce com ingredientes "pecaminosos", como caldas e afins.

5. Tire o miolo do pão francês e elimine 40 calorias.

6. Resista ao morango com chantilly. Fique com uma taça com seis unidades acompanhadas de um creme mais leve, como um pote de iogurte de baunilha light. Você diminui as calorias de 390 para 150. Feita a conta, são 240 a menos.

7. Experimente uma falsa musse para adoçar o paladar. Bata no liquidificador um copo de iogurte desnatado com a mesma quantidade de gelatina diet pronta. Você reduz 210 calorias - a musse verdadeira tem, em média, 300, enquanto a falsa, só 90.

8. Na hora da pizza, opte por uma fatia de rúcula com tomate seco (262 cal) em vez da de quatro queijos (374 cal). Você poupa 112 cal e ainda ingere mais fibras, o que dá maior saciedade.

9. Deixe de lado a dupla café com pão de queijo à tarde. Tire o açúcar da bebida e troque o mineirinho por uma fatia de pão integral light com outra, bem fina, de queijo branco na chapa (sem manteiga). A economia é de 60 calorias.

10. Esqueça o elevador e vá de escada. Cada minuto de subida gasta em média 14 calorias. Ou seja, cinco minutos de exercício fazem sumir 70 delas.

11. Fique atento na padaria. O tradicional pão na chapa (com manteiga) contém 209 calorias. Substitua o francês por uma fatia do integral light com requeijão idem (70 calorias). A economia é de 139 calorias. Além disso, essa escolha dá muito mais saciedade.

12. Vá de desnatados. Troque um copo de leite integral pela versão sem gordura -- são 135 calorias contra 70. Economia de 65 calorias.

13. Beba uma vitamina light em vez de um chocolate frio (leite desnatado com duas colheres de sopa de achocolatado normal), que soma 170 calorias. Prefira bater o leite com quatro morangos. A versão vitaminada soma 110, você economiza 60 e, de quebra, ingere mais nutrientes e fibras.

14. Levante-se da cadeira. Ao atender o telefone, por exemplo, prefira ficar de pé e ande um pouco. Ficar sentado queima 100 calorias. De pé, são 140 a menos. Logo, se por dia você conseguir ficar o equivalente a uma hora em pé, eliminará 40 calorias a mais.

15. Enxugue a gordura da pizza, do pastel ou da fritura. Literalmente. Basta usar um guardanapo ou papel toalha e pronto: você reduz de uma colher de chá a uma de sopa de gordura. A poupança é de 40 a 90 calorias.

16. Coma chocolate. Mas, em vez do Sufflair (50 g/271 calorias), opte por 1 bombom tipo Alpino (70 cal) ou Sonho de Valsa (113 cal). Também é vantajoso substituir uma barra (30 g) com 164 calorias, em média, por uma taça de pudim de chocolate diet ou light sem açúcar. São 114 calorias a menos.

17. Diga sim aos picolés de frutas. Os de limão (55 cal) e uva (62 cal) são bem magrinhos. Já os sorvetes cremosos, ao contrário, levam seu plano por água abaixo. Cada bola tem aproximadamente 40 calorias a mais.

18. Tenha uma vida mais ativa e dê uma volta no quarteirão antes de ir para o trabalho ou voltar para casa. Um pequeno passeio de 10 minutos no bairro pode queimar 50 calorias.

19. Fique com as balinhas do bem. Porque, quando a gente se dá conta, já comeu um monte delas. Para ter uma idéia, uma bala de caramelo ou chocolate contém 40 calorias. Já as light sem açúcar somam apenas 15. Ao ingerir quatro desses regalos mais leves, você economiza 100 calorias. Afinal, eles contam 60, contra 160 presentes na mesma quantidade da versão açucarada.

20. Emagreça seu lanche. Iogurte light é uma boa pedida - ele é nutritivo e só pesa 100 calorias, em média. Porém, optar pelo iogurte light com suco (cerca de 32 calorias) significa uma boa economia de 68!

21. Aposente de vez os refrigerantes comuns. Um copo contém 78 calorias. Já o diet/zero, umazinha só.

22. Fique esperto quando o assunto é bebida alcoólica. Uma dose pequena de vodca (usada na caipirinha, por exemplo) ou whisky contém 240 calorias. Já uma taça de espumante ou uma de vinho apresenta 120. Resultado: 120 a menos.

23. Adoce, mas com adoçante: uma colher (sopa) de açúcar contém 96 e uma de açúcar mascavo, 93. Já a mesma quantidade de adoçante não passa de uma mísera caloria. No mínimo, você reduz 90 das benditas.

24. Fuja da fritura -- prefira nuggets ou hambúrgueres preparados no forno. Você economiza muitas calorias, uma vez que as frituras podem tripicá-las.

25. Troque o clássico copo (200 ml) de suco de laranja, que contém aproximadamente 90 calorias, por uma laranjada - suco da fruta misturada com água filtrada. Você economizará pelo menos metade das calorias sem grandes perdas nutricionais.


Fonte: Revista saúde, editora abril

Seu bebê vai dormir 12 horas por dia!

sono-dicas (1)Que grávida nunca ouviu o conselho: “Aproveite para dormir agora. Depois que o bebê nascer, você dará adeus às noites de sono”? Ter um filho que dorme a noite toda é o sonho de muitos pais. E ele pode se tornar realidade. É o que garante Suzy Giordano, conhecida nos Estados Unidos como Treinadora de Bebês.

Suzy é brasileira e mãe de cinco filhos. Mudou-se para o estado norte-americano de Virgínia quando os caçulas gêmeos tinham pouco mais de um ano. Empregando a mesma técnica há 20 anos para ensinar a criançada a dormir, Suzy acaba de lançar o livro “12 horas de sono com 12 semanas de vida”, da Editora Zahar.
Na obra, a autora defende quatro fundamentos para o pequeno dormir com os anjos:
 
1. A criança deve se adaptar à família, não a família a ele: “Bebês se adequam bem e deveriam ser expostos a todas as facetas da vida familiar”, explica Suzy. “Durante a soneca deles, assim como a campainha pode tocar, os irmãos mais velhos devem ter autorização para rir alto, ao mesmo tempo em que a máquina de lavar funciona, por exemplo. Se não for assim, a família acaba vivendo em um ambiente de tensão, no qual cada respiração recebe um olhar torto”.
 
2. Como pai ou mãe, você deve se sentir no comando: “Eu sou a mãe (ou o pai) e estou no controle. Você é um bebê e vai seguir as minhas orientações” é o mantra criado por Suzy. “As crianças precisam de uma figura que represente autoridade e que estabeleça parâmetros e limites”, enfatiza.
 
3. Dormir é uma habilidade que se aprende e que deve ser ensinada: “Embalar um bebê de doze semanas, repetidas vezes, em uma cadeira de balanço automática até ele dormir é o mesmo que carregar o filho de dois anos no colo para todo lado. Os pais resolvem a situação para as crianças, em vez de guiá-las para que realizem o processo sozinhas”, alerta a treinadora de bebês.
 
4. O treinamento para dormir exige comprometimento e trabalho duro por parte dos pais: para que o resultado seja positivo, eles precisam fazer algum esforço. “E, mesmo depois que a rotina se estabelece, de vez em quando eles precisarão reforçar o que ensinaram”, diz Suzy.
 
CONFIRA, a receita para fazer do sono um assunto tranquilo.
 
1. É possível ensinar um bebê a dormir?
Sim. Assim como o bebê vai aprender a caminhar e falar, ele tem habilidade para aprender a dormir e acordar feliz. Mas, como cair no sono é uma necessidade primária (assim como comer e beber, precisamos dormir para sobreviver), nós nos adaptamos às condições a que somos expostos. O meu livro vai ajudá-la a evitar armadilhas e ensinar o bebê a desenvolver bons hábitos de sono desde o início.
 
2. Existe fórmula para o bebê dormir 12 horas por dia?
Em minha experiência, percebi que a maioria dos pequenos quer dormir de dez a onze horas, mas acordam tristes ou mal humorados e, se permanecessem 12 horas deitados, sentiriam-se mais bem dispostos. Deste modo – e após 19 anos trabalhando com centenas de bebês -, concluí que 12 horas é a quantidade ideal de sono. Quando o seu filho acorda feliz e disposto, você sabe que ele dormiu o suficiente.
 
3. Bebês podem dormir 12 horas seguidas? Não devem acordar para mamar durante a madrugada?
Quando o bebê equilibra o sono e está no peso correto, você notará que, naturalmente, ele irá mamar menos durante a madrugada. No livro, ensinamos você a encontrar a tendência natural do bebê, que é o nosso maior objetivo e sobre o qual estou muito animada. Se você encontrar os caminhos, obterá resultados que lhe parecerão quase um milagre.
 
4. Ter boas horas de sono é o sonho de todos os pais, mas o que se vê são mães dormindo pouquíssimo quando têm um bebê recém-nascido em casa. Onde os pais estão errando?
Dormir é uma necessidade prioritária. Antes de ser pai ou mãe, você é um ser humano. Após muitas noites maldormidas, os pais começam a perder a esperança de que o bebê pegue no sono rapidamente para que eles também descansem. É quando os problemas começam. Nosso livro tem uma leitura fácil para pais cansados encontrarem uma maneira descomplicada de solucionar e evitar alguns erros.
 
5. Quando o bebê chora porque não quer dormir, os pais devem deixá-lo aos prantos até a exaustão ou procurar alternativa?
Não acho certo deixar o bebê chorar. O choro é um modo de comunicação e, por isso, jamais deve ser ignorado. Nosso método é dar ao bebê a oportunidade de aprender como dormir. Quando os pais entendem o método e se tranquilizam, transmitem a calma que o bebê precisa para aprender. Você não pode caminhar nem falar pelo seu bebê e também nunca poderá dormir por ele.
 
6. Você acredita que, se o bebê for ensinado a dormir corretamente quando ainda é um recém-nascido, vai seguir um padrão de sono durante toda a infância?
Sim, nos primeiros dois anos de vida há muitas mudanças. Os bebês se desenvolvem fisicamente, emocionalmente e intelectualmente. Sabemos que essas mudanças se tornarão mais difíceis se tiverem o sono prejudicado. Uma vez que o bebê tenha bons hábitos de sono, atravessar essas transformações será muito mais fácil.
 
7. O que atrapalha o bebê na hora de dormir?
Não há uma causa comum. Como pai ou mãe, sua tarefa é dar condições de um sono adequado à criança. Então, certifique-se de que o quarto está calmo, escuro e seguro. Isso será um grande começo.
 
8.  Tem problema levar o bebê para a cama dos pais?
O lugar ideal é o berço. Quando os pais adormecem, muitas coisas podem acontecer. Eu recomendo que eles nunca levem os bebês para suas camas.
 
9. Bebês precisam de silêncio absoluto para dormir?
Pesquisas mostram que bebês que adormecem com sons calmos tendem a dormir mais e profundamente. Aconselho aos pais a ensinarem a seus bebês como adormecer com sons calmos. Se você  ensinar seu filho, ele se acostumará. Deve-se respeitar o sono do bebê, mas não é necessário que todos fiquem absolutamente em silêncio.

Para cessar as lágrimas
”Acredito na solução pelo choro controlado, que limita o choro a cinco minutos por vez. Isso significa que você intervirá e confortará seu bebê depois de três a cinco minutos de choro”.






 

Horários organizados
“Bebês que seguem uma rotina, dormem a noite toda e têm bons hábitos alimentares e de sono, são bebês felizes”.









Fonte: bebe.com

Dossiê PAPINHAS

stk204303rke_22-getty-imagesNoções básicas

A escolha dos ingredientes:
os alimentos que compõem a papinha do bebê devem sempre ter um bom aspecto, uma procedência confiável e estar no prazo de validade. Legumes, verduras e frutas precisam ser bem lavados para retirar vestígios de agrotóxicos. Na hora de cozinhar, lave as mãos e evite espirrar ou tossir sobre os ingredientes.
Como fazer a papinha:
pique os ingredientes escolhidos e coloque em uma panela comum - alguns especialistas acreditam que o cozimento na panela de pressão retira nutrientes importantes. Encha de água - o volume deve ser o dobro da quantidade de alimentos. Deixe cozinhar em fogo baixo até que todos os produtos estejam moles. Passe por uma peneira até virar um purê - quando seu filho estiver mais acostumado, amasse com o garfo e, mais para frente, ofereça picadinho. Tempere e sirva morno. O tempo de preparo é de mais ou menos 40 minutos. Leve isso em conta para administrar a fome do bebê.
Tempo de validade:
a papinha que não foi tocada pode ficar na geladeira por até 24 horas. Mais do que isso, há o risco de a comida estragar. Caso passe desse limite, jogue fora. Quando sobrar muito ou você fizer grandes quantidades, prefira congelar.
Como congelar:
escolha potes do tamanho da porção que seu filho come para facilitar na hora de descongelar. Coloque a papinha no pote, feche, cole uma etiqueta com o sabor e a data, e leve ao freezer. A papinha pode ser consumida em até três meses. Na hora de descongelar, você pode colocar diretamente no micro-ondas (verifique se o pote é adequado) ou aquecer o conteúdo no fogão, mexendo sempre para não queimar. 
 Quando aquecer a papinha no microondas não se esqueça de mexer e depois verificar a temperatura já que nesse tipo de forno nem sempre os alimentos aquecem por igual. 


06 meses

O primeiro alimento:
a introdução às papinhas começa, na verdade, com um suco, de preferência de laranja-lima, que possui um sabor suave e agradável para o bebê, além da vitamina C, importante para o crescimento. Ofereça o suco entre uma mamada e outra na parte da manhã. Repita isso durante três a quatro dias. Aí chegou o momento de oferecer a papa de fruta. Ela pode ser oferecida entre as mamadas da tarde, já que o suco permanecerá na dieta da manhã. Escolha frutas molinhas e doces, como polpa de maçã e banana amassada. Observe como o organismo do bebê reage a cada alimento. Depois de uma semana, você já pode introduzir a papa salgada na hora do almoço.
Ingredientes:
comece com a papinha salgada também feita com um ingrediente só, como a batata, a mandioquinha, o arroz. Após sete dias, você já pode combinar dois ou três ingredientes.
Tempero:
nesse primeiro mês de transição, faça as papas sem usar nenhum tempero. Se quiser, uma pitadinha de sal. Mas muito pouco, pois esse tempero contem sódio que, em excesso, pode causar problemas como a hipertensão.
Consistência:
as primeiras papinhas devem ser pastosas como um purê. Para isso, passe os ingredientes já cozidos na peneira (jamais no liquidificador). O processo realizado dessa maneira estimula, no tempo certo, a mastigação, a deglutição, o paladar e a musculatura facial.
Quantidade:
até 4 colheres de sopa por refeição - mas isso pode variar bastante entre os bebês.
Roteiro do dia
Manhã:
Leite (livre demanda)
Suco de laranja-lima
Almoço:
Papinha salgada + papinha de fruta
Lanche da tarde:
Leite (livre demanda)
Papinha de fruta
Jantar:
Leite (livre demanda)
Ceia:
Leite (livre demanda)
As primeiras papinhas podem ser de um ingrediente só. Além de a criança conhecer os sabores individuais e já descobrir o que gosta, também fica mais fácil observar quais são os itens capazes de deflagrar alguma reação, como alergia ou diarreia. 



07 meses

Ingredientes:
agora que o bebê já está mais acostumado com a papinha salgada, chegou a hora de incrementar as refeições. Primeiro, você deve conhecer os três grupos alimentares que precisam aparecer no prato da criança:


· Alimentos energéticos (carboidratos): fornecem energia para o organismo do bebê. São encontrados na batata, arroz, macarrão, mandioquinha, batata-doce, mandioca...

· Alimentos construtores (proteínas): responsáveis pelo crescimento, são encontrados em carnes de boi, de frango ou de peixe, feijão, ovos, lentilha, grão-de-bico etc.

· Alimentos reguladores (verduras e legumes): fornecem vitaminas importantes para o desenvolvimento. São encontrados na abóbora, alface, beterraba, brócolis, espinafre, cenoura, chuchu, abobrinha...

Para montar uma boa papinha você deve escolher:

1 ingrediente do grupo dos energéticos
1 ingrediente do grupo dos construtores
2 ingredientes do grupo dos reguladores

É possível bolar muitas combinações usando a criatividade e, mais para frente, você pode aumentar o número de ingredientes escolhidos, sempre respeitando esse mínimo. Varie bastante para o seu filho experimentar o maior número de alimentos possível.
Tempero:
continue colocando pouquíssimo ou nenhum sal. Prefira combinar temperos mais suaves para deixar a papinha saborosa. Você já pode introduzir cebola, alho e salsinha, sempre observando as reações da criança. E use os temperos in natura: nada de versões industrializadas, que apresentam excesso de sódio e outras substâncias químicas.
Consistência:
caso o bebê aceite bem o purê, que tal experimentar deixá-lo mais consistente? Em vez de passar os ingredientes cozidos pela peneira, experimente apenas amassá-los com o garfo. Assim, seu filho dá mais um passo no treino da musculatura facial, o que também ajudará na fala.
Quantidade:
de 4 colheradas a uma xícara - isso pode variar de bebê para bebê.
Roteiro do dia
Manhã:
Leite
Suco de laranja-lima
Almoço:
Papinha salgada + papinha de fruta
Lanche da tarde:
Leite
Papinha de fruta
Jantar:
Papinha salgada + leite
Ceia:
Leite
Nessa fase, você pode introduzir o ovo na dieta. Os pediatras mais tradicionais preferem liberar apenas a gema de ovo deixando a clara, mais difícil de ser digerida, para depois de um ano. Converse com o pediatra do seu filho para decidir. Evite feijão, pois a fermentação e os gases que ele provoca ficam mais brandos depois que o organismo se acostuma com outros alimentos. 


 08 meses
Ingredientes:
não há mudança de ingredientes nessa fase. O ideal é continuar seguindo com o esquema de um alimento energético, um alimento construtor e dois alimentos reguladores para garantir uma papinha balanceada. Aproveite para variar bastante.
Tempero:
não use sal ou coloque apenas uma pitadinha. Prefira dar sabor aos alimentos usando temperos como cebola, salsinha e alho. Você já pode arriscar outras combinações temperando com cebolinha, tomilho, salsão... Observe as preferências do pequeno.
Consistência:
já é o momento de deixar a papinha mais grossa. Amasse os alimentos com o garfo, mas deixe alguns, como a batata que é molinha, picadinha para a criança já se habituar com alimentos mais sólidos.
Quantidade:
de 4 colheradas a uma xícara - essa quantidade pode variar de bebê para bebê.
Roteiro do dia
Manhã:
Leite
Suco de laranja-lima
Almoço:
Papinha salgada + papinha de fruta
Lanche da tarde:
Leite
Papinha de fruta
Jantar:
Papinha salgada + papinha de fruta
Ceia:
Leite
Quanto mais alimentos o bebê conhecer, mais chances de gostar deles no futuro e ter uma alimentação sempre bem variada. Lembre-se de que nem sempre ele apreciará o sabor na primeira vez que experimentar. É preciso oferecer uma comida pelo menos oito vezes para ter certeza de que ela não agrada o paladar do bebê.  

 09 meses
Ingredientes:
continua valendo o esquema de um alimento energético, um construtor e dois reguladores. Mas você pode colocar mais ingredientes nas refeições, claro, desde que conte, pelo menos, com esse mínimo. Agora é um bom momento para oferecer a papinha com os alimentos separados. O arroz e feijão ficam juntos, cozidos e bem molinhos. Mas a carne moída, por exemplo, pode ficar disposta do outro lado do prato. Assim, a criança começa a se acostumar com uma refeição de verdade.
Tempero:
continue apostando em cebola, alho, salsa e cebolinha, tomilho, salsão, cominho, orégano, alecrim e o que mais sua imaginação mandar.
Consistência:
aos 9 meses, já é hora de oferecer os alimentos picadinhos. Cozinhe todos para ficarem moles, amasse uma parte e deixe outra em unidades bem pequenas. As carnes podem ser moídas, picadinhas ou desfiadas. Veja o que mais atrai o seu bebê.
Quantidade:
uma xícara - essa quantidade pode variar de bebê para bebê.
Roteiro do dia
Manhã:
Leite
Suco de laranja-lima
Almoço:
Papinha salgada + papinha de fruta
Lanche da tarde:
Leite
Papinha de fruta
Jantar:
Papinha salgada + papinha de fruta
Ceia:
Leite
Ao temperar a papinha, deixe de lado pimentas e temperos mais picantes como curry e páprica, pois eles ainda não serão bem digeridos pelo organismo infantil. 


 10 meses
Ingredientes:
capriche na escolha de verduras e legumes. Tradicionalmente, eles são os alimentos mais difíceis para o bebê apreciar - diferente, por exemplo, do macarrão, como você já deve ter notado, que todos gostam. Ofereça vários tipos para aumentar as chances de apreciação. Outra ideia é mudar a forma de apresentação: um dia in natura picadinho, outro dia misturado ao molho, outro em forma de bolinho. A comidinha agora pode ficar separada no prato, não precisa mais ter a aparência de papinha para valer.
Tempero:
vale a pena repetir: não há necessidade de usar sal para preparar as refeições. Experimente colocar outros tipos de temperos para realçar os sabores. Outra ideia é usar queijo ralado de boa qualidade e azeite, como fazem os italianos.
Quantidade:
uma xícara cheia - essa quantidade pode variar de bebê para bebê.
Roteiro do dia
Manhã:
Leite
Suco de laranja-lima
Almoço:
Comida salgada + fruta
Lanche da tarde:
Leite
Fruta
Jantar:
Comida salgada + fruta
Ceia:
Leite
Para abrir o apetite, uma novidade: deixe o bebê comer sozinho, com as mãos. Eles vão adorar pegar no pratinho pedacinhos de legumes picados, pão, frutas, milho, queijo. Qualquer coisa que possa ser servido em pedacinhos pequenos. 




11 meses

Ingredientes:
a partir daí, os médicos tradicionais liberam a ingestão de peixe - a polêmica de quando começar a oferecer esse tipo de alimento existe porque ele possui proteínas que causam alergias. Mas, nessa fase, o organismo já está mais preparado para lidar com elas. As versões com sabor suave, como a pescada, são as melhores para a introdução. O peixe precisa ser muito bem limpo e não ter espinhas. O lanche da tarde também pode virar um lanche de verdade, com direito a pão, torradas e cereais.
Tempero:
continue experimentando usar ingredientes diferentes em cada refeição para testar o que seu filho gosta. Existem crianças que não simpatizam com o sabor do alho, por exemplo, enquanto outras adoram. E policie o uso do sal.
Consistência:
os alimentos picadinhos continuam no prato. Isso não impede que, caso o bebê não consiga comer algo, você amasse para ele. Use o bom senso para ver o quanto seu filho está se adaptando e não tenha medo de dar um passo para trás, se for preciso.
Quantidade:
de uma xícara cheia a um prato infantil.
Roteiro do dia
Manhã:
Leite
Suco de laranja-lima
Almoço:
Refeição salgada + sobremesa
Lanche da tarde:
Lanche
Leite
Jantar:
Refeição salgada + sobremesa
Ceia:
Leite
Você também já pode variar a sobremesa, oferecendo saladas de frutas, doces de frutas, bolos de frutas. Procure não oferecer nada com muito açúcar para não acostumar o paladar da criança. 





12 meses

Ingredientes:
o organismo do bebê de um ano já está preparado para comer a mesma comida da família. Mas sempre é bom adaptar, pois ele não vai apreciar certos sabores. No dia em que o cardápio tiver frango ao curry, por exemplo, separe um filé temperado apenas com sal e salsinha para a criança. E continue oferecendo o alimento picado e mais mole, se preciso, para incentivar seu filho a comer. A clara de ovo, agora, é liberada por todos os médicos.
Tempero:
a ideia é continuar temperando a comida da criança como antes, sempre cuidando para a quantidade de sal ser mínima. Quando a refeição da família levar algum tempero mais picante, separe uma parte para seu filho e use apenas temperos suaves.
Quantidade:
seu filho comerá cerca de um prato infantil em cada refeição, mas isso não significa lotar o prato. O estômago da criança é pequeno - a capacidade gástrica de um bebê de um ano, por exemplo, é de 250 ml, enquanto a de um adulto é de 1300 ml.
Roteiro do dia
Manhã:
Leite
Suco ou fruta
Almoço:
Refeição salgada + sobremesa
Lanche da tarde:
Lanche
Leite (alguns pediatras pedem para tirar o leite da tarde)
Jantar:
Refeição salgada + sobremesa
Ceia:
Leite
Lanche:
alguns bebês tem necessidade de comer algo a mais antes de dormir, como um biscoito ou mingau
A partir de um ano, você pode começar a oferecer mel ao bebê. Antes disso, a criança corre o risco de contrair botulismo, caso o mel esteja contaminado pela bactéria clostridium botulinum, nociva apenas aos mais sensíveis. 




Fonte: bebe.com

Dia mundial da amamentação


Amamentar traz benefícios à mãe..

- As mães que amamentam geralmente apresentam períodos de infertilidade mais longos após o nascimento do que as que não amamentam.
- A amamentação imediatamente após o parto estimula a contração do útero para que ele retorne ao seu tamanho original de forma mais rápida.
- Amamentar pode representar a forma mais natural de recuperar o peso após a gravidez, já que a gordura acumulada é consumida para a formação de leite.
- Diminui o risco de câncer de mama, aumenta a autoestima e fortalece o sentimento maternal ao promover o contato pele a pele com o bebê.
- Traz vantagens econômicas, já que é muito mais barato do que alimentar a criança com substitutos do leite materno.

Os benefícios da quinua

De origem andina e pesquisada em terras nacionais desde os anos 1990, só agora ela começa a cair no gosto do brasileiro. Especialistas assinam embaixo: esse alimento pode fazer maravilhas pela sua saúde.

Muita gente ainda nem ouviu falar dela, mas a quinua, que não faz muito tempo desembarcou no Brasil, vem aos poucos conquistando mais espaço em restaurantes e lojas de produtos naturais. E quem ganha com isso, claro, é o consumidor. "Apreciada e até venerada pelos povos dos Andes, ela é uma refeição", compara o cientista de alimentos Jaime Amaya Farfan, que coordena o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação na Universidade Estadual de Campinas, no interior de São Paulo. "A quinua é muito completa em relação às quantidades de calorias, proteínas, gorduras e carboidratos", justifica.

Experimentos com aves mostram que o pseudocereal — sim, do ponto de vista da botânica, apesar de parecida com os grãos integrais, é isso o que a quinua é — carrega substâncias capazes de melhorar o transporte de oxigênio pelas células do sangue. Isso, inclusive, justifica em parte a sobrevivência dos antigos exércitos andinos ao chamado "mal da altitude", ou seja, jornadas de trabalho hercúleas sob as dificuldades do ar rarefeito.

Ah, sim: a quinua também é apelidada de espinafre com grãos. "Isso por causa da proximidade entre as duas plantas", explica o agrônomo Walter Quadros, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária — Cerrados, no Distrito Federal.

Pesquisas recentes apontam que as fibras e a saponina, substância detergente que recobre a quinua, poderiam reduzir os níveis de colesterol produzido pelo fígado. Incluíla no cardápio seria também uma maneira de combater a obesidade. "Ainda faltam estudos que esclareçam todos os seus benefícios para a saúde", pondera Farfan. Um sinal de que não são poucos.

Pergunte a qualquer especialista sobre quinua e ele provavelmente irá salientar a qualidade da proteína dessa semente, comparável à de alimentos de origem animal. O segredo não está na quantidade, mas no equilíbrio entre vários tipinhos proteicos que, juntos, oferecem quase toda sorte de matéria-prima de que o organismo precisa. "Por isso dizemos que têm alto valor biológico", enfatiza a pesquisadora Ana Maria Costa, que examina as características nutricionais da quinua na Embrapa Cerrados. A quinua agrega, por exemplo, a lisina e a metionina, aminoácidos encontrados na dupla arroz com feijão — famosos por serem uma espécie de combinação perfeita.

Outra faceta de dar inveja a qualquer cereal genuíno é a concentração de zinco, cálcio e ferro — esse último, suficiente para convencer os especialistas de que a quinua seria uma solução para casos de anemia. Sem falar nos indícios de que seus fitoestrógenos, que cumprem o papel de hormônios no organismo, ajudariam a afastar a osteoporose nas mulheres depois da menopausa.

Se, depois de ler tudo isso, você está se questionando sobre qual é a melhor forma de consumir a quinua para aproveitar tantos atributos, saiba que não existe consenso. "Em princípio, o grão conservaria melhor os nutrientes do que derivados como a farinha", aponta a nutricionista Cristiane Lorenzano, do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional. O ideal seria assá-lo ou cozinhá- lo — sem exagerar na quantidade de água. Nem é preciso dizer que todas as recomendações só farão efeito se a ingestão de quinua for acompanhada de hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada e a prática de atividade física. O preço ainda é uma questão à parte — um pacote de 500 gramas gira em torno de 30 reais. Quer dizer: mesmo que tenha se tornado mais conhecida nos últimos anos, a quinua ainda só é acessível a uma parcela da população brasileira. Por aqui a área de cultivo continua restrita e as poucas plantações estão espalhadas pelas regiões Sul, Sudeste e Centro- Oeste. E a maior parte dos grãos comercializados é mesmo importada da Bolívia. Aliás, existem centenas de quinuas. A real, a mais famosa entre nós, é apenas uma delas. Há pesquisadores trabalhando para que o Brasil cultive uma quinua melhorada, tão ou mais rica que a andina. "Temos perfeitas condições de produzir, em larga escala, variedades de excelente padrão de qualidade", sentencia o agrônomo Carlos Spehar. A gente torce para que isso aconteça quanto antes.

Fonte: Revista saúde, editora abril 

Colesterol: de gota a Alzheimer

Em excesso, ele não é inimigo apenas do coração. De panes nos neurônios a dolorosas inflamações no dedão do pé, achados recentes desvendam o que a substância pode causar pelo corpo.

Embora esteja na boca do povo há décadas, com frequência duas grandes confusões são feitas a seu respeito. A primeira é chamá-lo de gordura, quando, na verdade, trata-se de um álcool complexo - detalhe químico mais complexo ainda. A segunda é que seu potencial nocivo se restringe ao sistema cardiovascular. "O colesterol circula por boa parte do organismo para formar membranas celulares, ácido biliar e hormônios", relata Eder Quintão, endocrinologista do Laboratório de Lípides da Universidade de São Paulo. Esse acesso quase irrestrito, apesar de essencial para inúmeras atividades, traz seus inconvenientes. Isso porque dá a possibilidade de ele, quando nas alturas, acarretar estragos em diversas regiões.

Após analisarem dados epidemiológicos que relacionam altos índices da partícula a demências, por exemplo, cientistas da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos, decidiram averiguar o que estaria por trás desse fenômeno. Valendo-se de equipamentos modernos, eles descobriram que o protagonista da reportagem está intimamente ligado ao surgimento das famigeradas proteínas beta-amiloides. "Essas moléculas danificam células nervosas, promovendo a doença de Alzheimer", ensina o bioquímico Charles Sanders, coordenador da pesquisa.

"O trabalho americano nos ajuda a compreender o motivo pelo qual observamos um acúmulo de placas beta-amiloides ao colocarmos neurônios em um meio de cultura repleto de colesterol", enfatiza o neurologista Paulo Caramelli, da Universidade Federal de Minas Gerais. "Mas ele não explica por que existe uma associação, principalmente em pacientes acima dos 75 anos, entre a doença de Alzheimer e problemas vasculares", contrapõe.

Há, claro, quem acredite que esse vínculo seja resultado da idade avançada. Em outras palavras, indivíduos nessa faixa etária tenderiam a sofrer mais com ambos os transtornos simplesmente pelo fato de o corpo estar envelhecendo. Essa, entretanto, não é a única hipótese levantada pelos especialistas. "Taxas elevadas de colesterol provocam inflamações nos vasos, que, ao longo dos anos, também dificultam a passagem de sangue", ressalta Angelina Zanesco, fisiologista do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista, em Rio Claro. Se a artéria comprometida é uma que chega à massa cinzenta, as células nervosas deixam de ser abastecidas adequadamente com o líquido vermelho. Resultado: elas param de funcionar direito por falta de nutrientes, o que contribuiria para o extermínio das memórias.

Outro mal que às vezes implica queima de arquivos mentais atende pelo nome de derrame isquêmico - o bloqueio por completo do fluxo sanguíneo acaba matando os neurônios, digamos, de fome. Em várias situações, a obstrução decorre do excesso de colesterol circulante.

Quando o assunto é diabete, invariavelmente se fala em glicose. Mas adivinhe que outra molécula está envolvida com a enfermidade. "O excesso de colesterol no pâncreas atrapalha a fabricação de insulina, responsável por colocar o açúcar para dentro das células", revela Francisco Helfenstein Fonseca, cardiologista e coordenador do Setor de Lípides, Aterosclerose e Biologia Vascular da Universidade Federal de São Paulo. E, com doses a menos desse hormônio na circulação, a glicemia sobe que nem foguete. Por outro lado, quando você tem bastante HDL, aquela espécie de faxineiro da circulação, a probabilidade de desenvolver ou agravar o quadro diminui.

Nem as articulações estão a salvo da avalanche de colesterol. "Ele facilita o aparecimento de crises de gota", exemplifica Ricardo Fuller, chefe do Ambulatório de Reumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo. Esse distúrbio, caracterizado por inchaço e dores intensas nas juntas - principalmente no dedão do pé -, depende de processos inflamatórios para dar as caras. Ao que tudo indica, taxas expressivas da substância em questão auxiliam a alastrar esse incêndio.

A artrite reumatoide, outro mal que ataca as juntas, propiciando incômodos, perda de movimento e deformações, também pode ser agravada por você já sabe quem. "Aliás, uma pesquisa deste ano verificou falhas na função do HDL de quem possui a doença", reforça Fuller. Mesmo assim, ainda faltam evidências sólidas de que o tratamento para controlar o colesterol beneficie pessoas com desordens reumatológicas.

No futuro, a ciência deve oferecer uma resposta definitiva para essa dúvida. Outra pergunta é se a partícula abordada aqui seria o estopim para cânceres. "Segundo alguns estudos, o uso de estatinas, medicamentos que reduzem a concentração dessa molécula no sangue, previne tumores como o de próstata, mama e intestino", afirma Samuel Aguiar Júnior, cirurgião oncologista e diretor do Núcleo de Tumores Colorretais do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo. "Só que esses trabalhos são poucos e ainda controversos", ressalva.

Um vestígio extra desse possível elo é o de que levantamentos populacionais definem sujeitos com pouco LDL e muito HDL como mais protegidos contra o câncer. "Resta saber se o dado encontrado é consequência do colesterol ou se hábitos saudáveis, que regulam seus níveis ao mesmo tempo que trazem outras melhorias para o organismo, são os verdadeiros responsáveis pelos números encontrados", pondera Aguiar Júnior.

O que doma o colesterol

Quando descobrimos que grande parte dessa substância é manufaturada no fígado independentemente da alimentação, muita gente supõe que quase não adianta tomar cuidado com o que ingerimos. "Essa impressão não poderia estar mais equivocada", garante Raul von der Heyde, nutricionista da Universidade Federal do Paraná. "Por exemplo: o consumo de gorduras saturadas, presentes no óleo de dendê, em carnes e no leite, aumenta significativamente os índices de colesterol, sobretudo de LDL, na corrente sanguínea", argumenta o especialista.

Se as gorduras saturadas culminam em mais LDL, as poli-insaturadas das nozes e do salmão fazem exatamente o contrário. "Mas elas, se ingeridas além da conta, infelizmente reduzem os níveis de HDL", lamenta Raul von der Heyde. Por isso, nada de abusar - o ideal é que elas componham não mais do que 10% do total de calorias do dia.

Também aposte nas fibras solúveis. Junto com a água, elas formam um gel no intestino que impede o colesterol de ser absorvido. Para abastecer seus estoques do nutriente, invista em frutas como maçã, laranja e pera ou lance mão da aveia. Só não se esqueça de beber H2O. Caso contrário, os benefícios se esvaecem.

Por mais que certos estudos vinculem o azeite de oliva e o abacate, fontes de gordura monoinsaturada, com mais HDL no sangue, não existe uma verdadeira comprovação de que isso ocorre. Se o objetivo é incrementar a concentração dessa aliada da saúde, a melhor estratégia atende pela alcunha de atividade física. "Os exercícios não apenas aumentam o número das moléculas como melhoram a qualidade delas", acrescenta Maria Teresa Zanella, presidente do Departamento de Dislipidemia e Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Para obter a benesse, são necessários esforço e um pouco de paciência. "A intensidade precisa ser de moderada a alta. Após três meses de prática esportiva constante, as mudanças começam a surgir", informa a fisiologista Angelina Zanesco. Com o colesterol sob rédeas curtas, as memórias de uma vida livre de diabete, câncer e dores nas articulações têm tudo para ficar na sua cabeça.


Fonte: Revista saúde, editora abril

Cuidados com a pele durante o inverno

A dupla frio e tempo seco diminui a oleosidade natural do tecido, o que favorece o surgimento de alguns problemas, como micoses e dermatites. Confira aqui como se proteger e ficar com a tez macia e saudável.


Cotovelos e joelhos ressecados, lábios com fissuras, descamação, alergias... Quando a temperatura cai, sentimos na pele. A xerose cutânea, nome que os especialistas dão à pele seca, é um problema que aparece principalmente no inverno, mas não é só o tempo o responsável por esse ressecamento. Hábitos diários que vêm com a estação também interferem na saúde cutânea.

Se você adora uma ducha bem quente para aquecer o corpo, fique atento. A oleosidade da pele, essencial para a nossa proteção, diminui naturalmente com o clima frio e a água pelando intensifica essa perda. A dermatologista Fabiana Pedreira, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínica e Cirúrgica, alerta também para o uso excessivo de buchas e sabonetes. "É importante utilizar pouquíssimo sabão e, de preferência, neutro. Passe somente nas axilas, virilhas e nádegas. No restante do corpo, apenas a espuma", recomenda.

Além da aparência ressecada, a xerose cutânea pode favorecer o surgimento de micoses e outras infecções oportunistas. Roupas de frio, sobretudo as de tecido sintético, também contribuem para que fungos e bactérias se desenvolvam, já que esses seres adoram áreas úmidas e quentes, como as dobrinhas cutâneas. "A ventilação fica prejudicada por longos períodos em regiões como virilha, embaixo dos seios e vão dos dedos dos pés", explica o dermatologista Adilson Costa, chefe do Serviço de Dermatologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, no interior paulista.

Poluição
Nas grandes cidades, a pele sofre mais ainda com a sujeira do ar. Urticárias e outras dermatites, quando são alérgicas, podem ser agravadas com a poeira e a fumaça acumuladas pela falta de chuva. "Para aqueles que sabem a causa das urticárias, é fácil prevenir. No entanto, quem não sabe, é importante sempre procurar um especialista", aconselha Costa.

Homens, esse papo também é com vocês
Por fatores hormonais, a tez masculina costuma ser mais oleosa e mais espessa. Mas isso não significa que os homens estejam livres do ressecamento e da descamação intensificada pelos dias mais frios. É importante ter cuidado ao fazer a barba, por exemplo, para evitar o surgimento e o agravamento de pelos encravados e da foliculite. "Para uma pele saudável e sem irritações, use creme pré-barba, que hidrata a pele e amolece os pelos", indica Fabiana Pedreira. Outros truques também são citados por Adilson Costa, como a importância de se usar lâminas novas. "Passe-a no sentido do crescimento dos pelos e evite loções com álcool. Dê preferência aos produtos com poder calmante, com vitamina E e extrato de camomila", explica.

Cuidados essenciais
Elencamos abaixo seis atitudes para você passar esse inverno com a pele hidratada

1
  Tome banhos mornos e rápidos. Escolha a temperatura com base no seu conforto, mas lembre-se que, quanto mais quente, mais rápido deve ser para evitar que acelere o ressecamento da pele.
2
  Evite o uso de buchas e o excesso de sabonete. Opte sempre pelo sabão neutro e abuse da espuma no corpo e no rosto, passe diretamente somente nas axilas, virilhas e nádegas.
3  Está muito frio para passar o creme hidratante? Aposte em óleos corporais durante o banho.
4  Mantenha loções para corpo e rosto além de hidratantes labiais sempre ao alcance. Mesmo no inverno, vale dar preferência a produtos com fator de proteção solar.
5  Beba sempre bastante água. Chás também são boas opções para se hidratar durante o frio.
6  Qualquer sinal de irritação ou vermelhidão fora do comum, procure um dermatologista.


Fonte: Revista saude, editora abril